A mudança de camisa que abalou o destino: como a mudança de Harmanpreet Kaur de 7 para 23 anos quebrou o molde de uma década

Durante anos, Harmanpreet Kaur carregou o peso de uma promessa não cumprida. Como capitã, ela levou a Índia às finais importantes, à Copa do Mundo T20 de 2020 em Melbourne e aos Jogos da Commonwealth de 2022 em Birmingham. Em ambos os casos, ela voltou para casa de mãos vazias. O número 7 em sua camisa se tornou sinônimo de desgosto. Foi um lembrete constante das oportunidades que eles perderam por pouco.

Harmanpreet Kaur comemora a conquista da Copa do Mundo Feminina da ICC. (REUTERS)

Gambito de Numerologia

Em novembro de 2024, Harmanpreet fez uma mudança inesperada. A Índia revelou sua nova camisa do ODI e o capitão indiano abandonou o número 7. Ele foi substituído pelo 23. A decisão veio após consultar o renomado numerologista Sanjay B. Jumaani.

O número 7 é há muito associado ao legado de MS Dhoni. Mas para Harmanpreet representava outra coisa. Sonhos não realizados, troféus que escaparam.

O impacto veio imediatamente. Aos 23 anos, ela levou os Mumbai Indians ao título da Premier League Feminina em 2025. Ela marcou o maior número de corridas na final e ganhou o prêmio de Melhor Jogador em Campo. O momento parecia fortuito. A Índia se preparava para a Copa do Mundo em casa.

Quebre o azar

Liderada por Harmanpreet vestindo a camisa 23, a Índia entrou na Copa do Mundo de 2025. O torneio foi disputado em casa e a pressão foi imensa. As expectativas da equipe eram altíssimas.

Em 2 de novembro de 2025, chegou o último. A Índia enfrentou a África do Sul no Estádio DY Patil, em Navi Mumbai. Uma batalha de nervos e o resultado: a Índia venceu a partida por 52 corridas. O primeiro título da Copa do Mundo de Críquete da Índia.

Shafali Verma teve uma atuação explosiva. Ela obteve 87 corridas em 78 entregas e a Índia registrou 298/7. Deepti Sharma selou então a vitória com uma valiosa contribuição de 58 corridas e cinco postigos cruciais. Quando o último postigo caiu, Harmanpreet estava no centro das comemorações jubilosas. O número 23 brilhava sob as luzes do estádio.

A vitória foi mais que uma confirmação estatística. O número da camisa de Harmanpreet era profundamente pessoal. Ela começou com o número 84. Sua mãe o escolheu para homenagear as vítimas dos distúrbios de 1984. Ela então mudou para 7 para homenagear sua admiração por MS Dhoni. Cada número tinha um significado emocional, mas apenas 23 trouxeram o preço final.

Se a numerologia influenciou o destino permanece discutível. Talvez apenas tenha coincidido com o desempenho máximo. O que é inegável é a transformação. Harmanpreet Kaur transformou quase erros em triunfos. Ela finalmente cruzou um limite que escapou ao críquete feminino indiano por décadas. O capitão que antes carregava o fardo dos 7 agora carregava o legado dos 23. E um troféu da Copa do Mundo.

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