Quarta-feira, 19 de novembro de 2025 – 00h04 WIB
Jacarta – O escândalo da falsificação de documentos de naturalização de jogadores da seleção malaia está de volta aos holofotes. As recentes descobertas da FIFA mostram que a manipulação de informações sobre jogadores estrangeiros de países vizinhos não é apenas uma violação administrativa, mas envolve uma rede estruturada de agentes a pessoas internas da Federação de Futebol da Malásia (FAM).
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O caso surge depois que sete jogadores malaios foram declarados culpados de usar documentos falsos de ascendência. As críticas públicas intensificaram-se depois de o relatório oficial da FIFA ter confirmado a existência de fraude total, incluindo provas de conversas gravadas no WhatsApp que mostram o processo de compilação de documentos ilegais.
O escândalo não só manchou o nome do futebol malaio, mas também abriu a porta para investigações criminais transfronteiriças. Porque os documentos adulterados envolviam identidades do Brasil, Argentina, Holanda e Espanha.
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A FIFA nomeou três atores-chave no escândalo de documentos falsos
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Num relatório de investigação de 63 páginas, a FIFA nomeou três pessoas que se acredita serem os mentores da falsificação de documentos de naturalização de jogadores malaios.
Eles são Nicholas Puppo, Frederico Moraes e Datuk Noor Azman Rahman, segundo reportagem do New Straits Times.
Puppo e Moraes seriam os agentes que criaram documentos de elegibilidade para sete jogadores estrangeiros que posteriormente foram considerados inválidos. Entretanto, Datuk Noor Azman Rahman, que exerce as funções de secretário-geral da FAM, estaria ciente e envolvido no processo administrativo.
Embora a FAM tenha demitido Azman Rahman e criado um painel independente para conduzir uma investigação interna, a FIFA insiste que a investigação não irá parar nos três nomes.
“Uma investigação mais aprofundada é importante para descobrir a extensão destas práticas e quem estava envolvido”, afirmou o relatório da FIFA.
Sete jogadores confirmaram uso de documentos falsos
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O escândalo aumentou quando a FIFA decidiu rejeitar o recurso da FAM contra a proibição de sete jogadores naturalizados. São eles Gabriel Palmero, Facundo Garces, Rodrigo Holgado, Emmanuel Machuca, João Figueredo, Hector Havel e John Irazabal.
Sete jogadores foram declarados sem ascendência malaia, que é o principal requisito para a naturalização de acordo com os regulamentos da FIFA.
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A FIFA também disse que a FAM não tinha motivos sólidos para recorrer novamente ao Tribunal Arbitral do Esporte (CAS).

