Um ex-chefe de polícia brasileiro pego usando um passaporte paraguaio falso enquanto tentava embarcar em um voo para o Panamá foi enviado de volta ao Brasil.
Publicado em 27 de dezembro de 2025
Um ex-chefe da polícia brasileiro que fugiu do país após ser condenado por ser cúmplice de uma tentativa de golpe do ex-presidente de direita Jair Bolsonaro foi preso no Paraguai, informou a agência de imigração do país.
Silvini Vasquez foi presa na sexta-feira no Aeroporto Internacional Silvio Pettirossi, na capital paraguaia, Assunção, informou a Direção Nacional de Migrações (DNM) do Paraguai em comunicado publicado em seu site.
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A agência disse que Vasquez foi preso por “roubo de identidade” depois de “tentar escapar dos controles de imigração fingindo ser um cidadão paraguaio”.
Um comunicado do DNM disse que Vasquez foi preso enquanto tentava embarcar em um voo para o Panamá, declarando El Salvador como seu destino final.
O DNM acrescentou que o delegado procurado estava “evitando a justiça em seu país de origem” quando entrou “secretamente” no Paraguai.
Uma imagem publicada no X pelas autoridades de imigração paraguaias mostrou a prisão e identificação de Vasquez.
Um videoclipe separado postado na mesma conta mostrou os vasos sendo entregues à polícia federal brasileira na passagem de fronteira da Ponte da Amizade que liga Ciudad del Este, no Paraguai, e Foz do Iguaçu, no Brasil.
Tradução: A Direcção Nacional de Migrações (DNM) expulsou Silvini Vasquez do país. Momentos antes, o DNM expulsou Silvini Vasquez (50) do país, entregando-o posteriormente a policiais federais brasileiros na passagem de fronteira da Ponte da Amizade.
Vásquez, ex-chefe da Polícia Rodoviária do Brasil, foi acusado de enviar policiais para impedir que os eleitores votassem em áreas de tendência esquerdista nas eleições de 2022 que Bolsonaro perdeu para o candidato de esquerda e atual presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Ele foi preso em 2023 e colocado sob vigilância com uma tornozeleira eletrônica enquanto aguarda julgamento. No início deste mês, ele foi condenado a 24 anos de prisão em prisão domiciliar. Ele fugiu do Brasil pouco depois.
A mídia brasileira noticiou que Vasquez quebrou o monitor de tornozelo e atravessou a fronteira para o Paraguai.
O juiz do Supremo Tribunal Federal do Brasil, Alexandre de Moraes, ordenou a prisão dos fugitivos como medida de precaução na sexta-feira, informou a agência de notícias Reuters, citando um documento judicial e duas pessoas familiarizadas com o assunto.
Quando contatado pela Reuters, o advogado de Vasquez não comentou a tentativa de fuga de seu cliente.
Vásquez não é o primeiro oficial condenado por uma tentativa de golpe de Estado em 2023 para fugir do Brasil. Em novembro, o Supremo Tribunal Federal ordenou a prisão do ex-diretor da agência de inteligência Alexandre Ramagem, que fugiu do país em setembro e vivia nos Estados Unidos.
Naquele mesmo mês, o ministro Moraes ordenou a prisão de Bolsonaro depois que o ex-presidente tentou usar um ferro de solda para remover uma tornozeleira eletrônica ordenada pela Justiça, no que o tribunal considerou uma tentativa de fugir da justiça.
Bolsonaro, de 70 anos, cumpre pena de 27 anos de prisão depois de ser considerado culpado em setembro de conspirar para impedir a posse de Lula.
Na quinta-feira, o ex-presidente foi submetido a uma cirurgia no hospital devido a uma hérnia.




