Mapearam o acesso cultural na Argentina; encontraram dificuldades em todas as etapas

na argentina acesso cultural Continua pendente. Milhões de pessoas de volta inabilidade Enfrentam barreiras que limitam o seu acesso às experiências artísticas e de entretenimento, e as iniciativas inclusivas dependem mais de esforços individuais do que de políticas públicas coordenadas. Isso fica evidente em um estudo recente realizado por Empresa de Consultoria Universalpor solicitação A Companhia Walt Disneyque combina dados estatísticos, entrevistas com líderes do setor e depoimentos de pessoas com deficiência e oferece um raio X da acessibilidade cultural no país. O relatório explora os desafios, bem como as oportunidades, que o mundo do entretenimento apresenta para tornar o mundo da cultura e do entretenimento inclusivo. |:

de acordo com os dados de Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID)Um em cada três domicílios na América Latina vive com alguma deficiência e 15% da população da região tem algum tipo de deficiência. Estes números, que não têm em conta situações temporárias de acesso restrito, como gravidez ou mobilidade reduzida devido a acidentes, e mostram a magnitude do problema, que afecta uma percentagem significativa da população e que, ao contrário do que se pensa, não são situações especiais ou limítrofes. Além disso, uma chamada “Economia Prateada”referente aos idosos, representará mais de 30% da população dentro de alguns anos, diz o relatório. Este grupo, com ou sem diagnóstico de deficiência, enfrenta barreiras semelhantes, como desafios de sustentabilidade, não ter de esperar em longas filas ou a necessidade de ter casas de banho próximas e acessíveis, reforçando a urgência de redefinir experiências culturais para serem verdadeiramente inclusivas. |:

A área de configuração de uma das funções silenciosasAtenciosamente, Disney

Na Argentina, embora exista um marco regulatório que inclui leis como as Leis 26.378 e 27.044 baseadas na Convenção sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência e a Lei 26.653 sobre a acessibilidade da informação em páginas web, a aplicação destas regulamentações no setor cultural é insuficiente, segundo o relatório. “A falta de padrões claros e a disparidade entre os esforços governamentais criaram um cenário onde o progresso depende de iniciativas individuais de produtoras, teatros e governos no poder”, afirma o documento. |:

A pesquisa e as entrevistas revelaram: “Propusemo-nos a mapear todas as barreiras de acesso que surgem a partir do momento em que se conhece o espetáculo, a vontade de ir, as informações disponíveis a todos, a dificuldade de conseguir ingressos, de chegar ao local e de entrar, durante o espetáculo e até mesmo no caminho de casa e de volta. em pesquisas especializadas e de tendências. Também entrevistaram representantes de diferentes comunidades com diferentes necessidades de acessibilidade para saber como gostariam de ser tratados”.

O diagnóstico realizado pela Youniversal revelou três principais obstáculos que se repetem em todos os eventos culturais: falta de informação disponível, processos de bilhética e tratamento e apoio nos locais. |:

A comunicação surge como a barreira mais importante. As informações sobre a acessibilidade dos eventos culturais são muitas vezes incompletas, difíceis de encontrar ou não estão disponíveis em formatos acessíveis. “O problema é a falta de comunicação sobre os acontecimentos, você não descobre”, disse um dos participantes dos grupos focais realizados no âmbito da pesquisa. Esta falta de informação antecipada impede que muitas pessoas com deficiência planeiem a sua participação em espectáculos e eventos culturais. Muitas vezes são informações que circulam em grupos familiares de WhatsApp, redes sociais, mas são canais alternativos que a própria comunidade cria para tentar abrir caminho, mas não pelos canais oficiais.

Comprar ingressos é outro desafio. As plataformas de venda de ingressos são muitas vezes inacessíveis, com mapas de salas confusos e políticas de Certificado Uniforme de Deficiência (CUD) que variam de local para local. Em geral, é difícil encontrar informações sobre se é oferecida uma política de passagem gratuita para pessoas com CUD, se incluem acompanhante, se é oferecido apenas desconto ou se deve ser realizado algum tipo de procedimento antecipado, o que em alguns casos exige o envio prévio de informações. “Você chega ao sétimo passo e não consegue selecionar um assento lá porque os gráficos não estão disponíveis”, disse outro participante, ilustrando a frustração que acompanha um processo que deveria ser simples e acessível. |:

Uma versão tranquila de A Pequena SereiaAtenciosamente, Disney

Segundo as histórias colhidas na reportagem, o tratamento e o apoio nos espaços culturais também deixam muito a desejar. Em muitos casos, isso acaba dependendo da boa vontade ou não do anfitrião do público, o que fala da falta de definições da política de inclusão específica da empresa de entretenimento, da falta de treinamento específico de inclusão do pessoal e da necessidade de desenvolver protocolos claros para a gestão do público com restrições de acesso.

“Uma das coisas que mais os machuca é conversar com a outra pessoa, o atendente, em vez de se dirigir à pessoa com deficiência”, disse Daniela Tabaracci, gerente sênior de Gestão de Marca e Diversidade, Equidade e Inclusão para a América Latina da The Walt Disney Company. “Embora exista uma predisposição por parte do pessoal, a falta de formação resulta numa experiência errática e, em alguns casos, excepcional”, afirma o relatório. “Quando converso com os funcionários de lá, em vez de me responderem, eles respondem ao meu amigo como se eu não existisse”, disse a pessoa com deficiência consultada. Outro depoimento enfatiza: “O pior é a torcida, eles pisam em você e eu não tenho estabilidade fácil”. |:

O estudo da Youniversal, realizado entre setembro e novembro de 2025, combina análises das tendências do setor, entrevistas com os principais participantes do setor e grupos focais com pessoas com deficiência visual, auditiva, motora e neurodivergente, suas famílias e organizações especializadas. Esta abordagem abrangente permite-nos calibrar o problema e seguir o percurso completo das etapas que definem uma verdadeira oportunidade de entrada cultural: comunicação, compra de bilhetes, entrada no recinto, experiência e saída. |:

Cada uma dessas etapas apresenta desafios especiais. Por exemplo, a falta de recursos para orientação autônoma, como mapas hápticos (representações táteis de espaços físicos utilizados em museus, edifícios e parques), sinalização cognitiva ou em Braille e pessoal treinado, dificultam o acesso e a mobilidade nos espaços culturais. Os locais têm frequentemente visibilidade limitada e recursos de acessibilidade insuficientes durante experiências de performance cultural, observa o relatório. Por fim, sair do local também pode ser problemático, com longas filas, falta de portas de saída claras e multidões que causam estresse desnecessário. |:

Os depoimentos colhidos nos grupos focais chamam a atenção para os fardos invisíveis que as pessoas com deficiência enfrentam ao tentarem desfrutar de um espetáculo. “Me sinto confortável quando alguém me vê e diz: já te vimos, não se preocupe, você vai chegar lá”, comentou um participante, enfatizando a importância da compaixão e do apoio. Um sugere. “Seria bom se as saídas fossem feitas por setores, para que haja mais cuidado com todos”. |:

Estas experiências não refletem apenas barreiras físicas e de comunicação, mas também barreiras emocionais que muitas vezes passam despercebidas. A falta de sensibilidade e formação do pessoal pode transformar o que deveria ser uma experiência agradável numa situação stressante e de isolamento, afirma o relatório.

Para os produtores de espetáculos, melhorar a acessibilidade também pode ser um bom negócio, permitindo ao público ampliar a experiência cultural. Apesar das barreiras, o diagnóstico também aponta para práticas específicas que as próprias comunidades valorizam e que podem ser ampliadas para melhorar o acesso cultural no país. Os líderes da indústria reconhecem que, embora a acessibilidade ainda esteja numa fase inicial, existem oportunidades concretas de avanço. “Os produtores querem aprender, porque vemos que mesmo do ponto de vista estratégico e comercial, existe um público enorme que não gosta de entretenimento”, disse um entrevistado. |:

O estudo destaca a necessidade de a indústria cultural trabalhar em conjunto para criar espaços de encontro entre produtoras, locais, bilheterias, órgãos públicos e organizações comunitárias de deficientes para transformar esforços isolados em padrões comuns que garantam a inclusão. E conseguir o seu fortalecimento como valor sustentável do ecossistema cultural, afirma o documento.

Ressalta-se que a acessibilidade cultural não é apenas um direito, mas também uma oportunidade para construir uma sociedade mais justa e enriquecedora. Para tal, é necessário garantir uma comunicação acessível e avançada, processos de contratação inclusivos, rendimentos prioritários com recursos para orientação autónoma, condições adequadas de fruição e saídas seguras e regulares, afirma o documento.

Ressalta-se também que o caminho para uma cultura inclusiva exige uma mudança de paradigma onde a acessibilidade deixa de ser um valor secundário e passa a ser uma prioridade. O estudo aponta: “Tudo deve ser feito” mas com maior coordenação e comprometimento. E acrescenta que a Argentina tem a oportunidade de dar um salto qualitativo e liderar as mudanças rumo a uma cultura verdadeiramente para todos. |:


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