RIO DE JANEIRO (O Globo).- A dor é grande e vai além do campo esportivo. Por seu frescor, juventude e tudo o que ofereceu como atleta de elite. Isabel Marciniak, que foi campeão brasileiro juvenil de ginástica artística em 2021 e jovem promessa da modalidade, faleceu aos 18 anos, informou a Federação Paranaense de Ginástica.
Marciniak morreu de doença de Hodgkingaroto câncer que ataca o sistema linfáticorelata a federação, citando a mídia local. Apesar da pouca idade, Marciniak já havia conquistado títulos em nível regional em seu estado natal, o Paraná, no sul do Brasil, e em nível nacional.
Foi campeão brasileiro da modalidade em 2021 e foi considerado a joia da categoria. Há três anos, foi declarada campeã do Campeonato Brasileiro de Ginástica Artística Ilona Paiker, realizado em Florianópolis, de 23 a 27 de novembro de 2021. Foi campeã geral da competição e também ficou em primeiro lugar no aparelho de bola e em segundo lugar no aparelho de fita.
O velório foi realizado nesta quinta-feira na capela do cemitério Jardim Independência, em Araucária, sua cidade natal, na região metropolitana de Curitiba, onde a ginasta também será sepultada.
“A Federação Paranaense de Ginástica está profundamente triste com a notícia do falecimento da ex-ginasta Isabel Marciniak. Isabelle fez parte da história do Clube Agir, onde alcançou conquistas importantes e brilhou no Paraná e nos campeonatos brasileiros”, diz o comunicado.
As suas conquistas mais recentes incluem o título do trio sénior do Club Aguirre em 2023, fruto da sua dedicação e espírito de equipa. Nossas condolências vão para sua família, amigos, companheiros de equipe, treinadores e toda a comunidade da ginástica neste momento de luto. Que sua história, sua paixão pelo esporte e sua memória vivam como inspiração para todos que acreditam na ginástica como ferramenta de desenvolvimento e transformação humana. Nossas mais profundas condolências. Descanse em paz”, conclui a mensagem.
Uma de suas últimas conquistas foi em 2023, quando se sagrou campeão com o trio sênior do Club Agir de Curitiba, do qual fez parte.
Em 2021, conquistou medalha de ouro e outra de prata com fita no Campeonato Brasileiro Juvenil de Ginástica Artística. Ele também subiu ao topo do pódio durante a verificação da bola.
A Federação Paranense de Ginástica manifestou sua solidariedade aos familiares, amigos, companheiros, treinadores e toda a comunidade ginástica “neste momento de dor”.
“Que sua história, sua paixão pelo esporte e sua memória vivam como inspiração para todos que acreditam na ginástica como ferramenta de desenvolvimento e transformação humana. Lamentamos. Que ele descanse em paz”, disse a organização em postagem em suas redes sociais.
O caso de Carla Suárez Navarro
Naquela época, ainda em 2020, o mundo do esporte já estava emocionado com o caso do tenista espanhol. Carla Suárez Navarro, que também foi diagnosticado com linfoma de Hodgkin e precisou de seis meses de quimioterapia. Ficou em 71º lugar no ranking (6º em 2016) e deu a conhecer a sua condição através de um vídeo com boa disposição e atitude positiva.
“O linfoma de Hodgkin (ou doença de Hodgkin) é um câncer que surge dos glóbulos brancos chamados linfócitos. Sociedade Americana do Câncer do seu site.
“Para entender o linfoma de Hodgkin, é útil conhecer o sistema linfático. O sistema linfático é uma parte do sistema imunológico que ajuda a combater infecções e algumas outras doenças. Também ajuda a controlar a circulação de fluidos no corpo.”
O tecido linfático é encontrado em muitas partes diferentes do corpo, portanto o linfoma de Hodgkin pode começar em quase todos os órgãos. Porém, o mais comum aparece nos gânglios linfáticos. vasos linfáticos, baço, medula óssea, timo, adenóides e amígdalas e trato digestivo.
Alguns dos principais sintomas incluem inchaço indolor dos gânglios linfáticos no pescoço, nas axilas ou na virilha, que não desaparece por várias semanas; febre persistente sem motivo aparente; perda de peso; suores noturnos significativos; coceira generalizada intensa; fadiga e dor nos gânglios linfáticos causada pela ingestão de álcool.
Embora as causas sejam desconhecidas, “às vezes a infecção pelo vírus Epstein-Barr causa alterações no DNA dos linfócitos B. Em alguns casos, isso leva ao desenvolvimento de células de Reed-Sternberg, que são as células cancerígenas do linfoma de Hodgkin”, explica a American Cancer Society.
O linfoma de Hodgkin não afeta nenhuma faixa etária específica, embora seja mais comum em pessoas de 15 a 35 anos e de 50 a 70 anos.
O Globo/Grupo GDA




