O índice de referência de Wall Street, o S&P 500, registou o seu terceiro ano consecutivo de ganhos de dois dígitos, enquanto as ações fora dos EUA registaram o seu melhor desempenho desde 2009.
Publicado em 31 de dezembro de 2025
Os mercados de ações tiveram um desempenho estelar em 2025.
Da América do Norte à Europa e Ásia, os mercados obtiveram grandes ganhos ao longo dos anos.
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Embora Wall Street tenha registado um terceiro ano consecutivo de retornos lucrativos, as ações fora dos EUA tiveram melhor desempenho, uma vez que os investidores procuraram mercados alternativos no meio da turbulência causada por uma reorganização do comércio global pelo Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.
O índice MSCI ACWI ex-US, com foco global, teve o seu desempenho mais forte desde 2009, quando a crise financeira global estava em pleno andamento.
O índice, que acompanha ações fora dos EUA em mais de 40 mercados, está a caminho de terminar 2025 com uma alta de cerca de 30 por cento, em comparação com o ganho de cerca de 18 por cento do índice de referência S&P 500 na quarta-feira.
A tendência de alta marca uma ruptura com a tendência de mais de uma década em que as ações dos EUA dominaram os índices globais.
Os analistas atribuíram o desempenho excepcional dos mercados fora dos EUA à incerteza causada por Trump, às avaliações altíssimas das empresas tecnológicas de Silicon Valley, aos avanços da inteligência artificial (IA) na China e à fraqueza do dólar americano, entre outros factores.
“As ações internacionais podem estar preparadas para outro ano forte, à medida que os lucros e o crescimento económico aceleram, e as ações são valorizadas de forma atraente em relação às ações do índice S&P 500”, disse Michelle Ghibli, analista da Charles Schwab, numa nota no início deste mês.
A Ásia registou alguns dos maiores ganhos.
Apesar de ser o lar dos gigantes empresariais Samsung e Hyundai, a Coreia do Sul liderou a classificação global dos mercados desenvolvidos mais fracos, com o seu KOSPI a terminar em cerca de 76 por cento.
SK Hynix e Samsung Electronics subiram 280% e 125%, respectivamente, devido à forte demanda por chips usados em IA.
O índice Hang Seng de Hong Kong terminou o ano cerca de 31% mais alto, enquanto o índice composto SSE em Xangai subiu mais de 21%.
No Japão, o Nikkei 225 subiu 28 por cento.
A Europa também terminou forte.
Tanto o FTSE 100 em Londres como o DAX 40 em Frankfurt subiram mais de 20% rumo a 2026.




