O cofundador da Gemini, Cameron Winkleves, disse aos investidores na terça-feira que acreditava que poderia haver uma última chance de comprar bitcoin abaixo de US$ 90.000, já que o token caiu abaixo desse nível, apagando seus ganhos de 2025 e reacendendo o debate sobre o ciclo.
O Bitcoin caiu para US$ 90.000, de um recorde de mais de US$ 126.000 em 6 de outubro, eliminando quase US$ 600 bilhões de seu valor de mercado e retornando os preços aos níveis vistos pela última vez há sete meses. A mudança reacendeu a discussão familiar dos touros e ursos em toda a mesa de criptografia.
Por um lado, os comerciantes estão falando sobre o pânico das bicicletas. Sem um único gatilho para uma liquidação, muitos reverteram para o manual de quatro anos e meio, mesmo quando profundas variações institucionais tornam essa estrutura menos organizada do que em eras anteriores.
As condições macro formam o plano de fundo. Uma paralisação prolongada do governo, as preocupações persistentes com a guerra comercial e a fraca liquidez pesaram sobre os ativos de risco, deixando a criptomoeda aberta a oscilações na força do dólar, nas expectativas de taxas e no sentimento de crescimento global.
Analistas dizem que o bitcoin agora é negociado mais como um ativo macro do que como um ativo puramente orientado pela oferta.
Aproveite o combustível adicionado. O token foi vendido acentuadamente desde que quase US$ 19 bilhões em posições alavancadas foram liquidadas no mês passado, impulsionadas pela realização de lucros pelos detentores de longo prazo. O Bitcoin frequentemente atingiu o pico em ciclos anteriores do Bitcoin, com a correção atual chegando à janela cerca de 400 a 600 dias após o halving de abril de 2024.
Os dados da rede desde meados de novembro mostram a movimentação dos grandes detentores. Um analista da Bitunix disse que grupos de carteiras contendo mais de 1.000 bitcoins executaram vendas concentradas, empurrando o preço abaixo de US$ 100.000 para menos de US$ 97.000, enquanto dados de exchanges e derivativos apontavam para pressão de venda sincronizada.
Essa análise observou que a exposição curta às baleias agora supera as longas, com métricas on-chain mostrando cerca de US$ 2,17 bilhões em posições vendidas contra US$ 1,18 bilhão em posições longas, e saídas líquidas de ETFs de bitcoin por semanas consecutivas, no valor de vários bilhões em cinco semanas.
Os traders de derivativos estão comprando proteção com opções de venda perto da área de US$ 90.000 a US$ 95.000, indicando demanda por hedges em níveis mais baixos.
Relatórios de empresas como Glassnode e MarketVector enquadraram a medida como uma “distribuição programada” por detentores de longo prazo, em vez de uma liquidação de pânico, mas sublinham que a capacidade do mercado para absorver essa oferta enfraqueceu.
Os resgates de ETFs e as alocações institucionais mais lentas significam que uma onda semelhante de vendas poderá agora conduzir a movimentos bruscos e desencadear novas liquidações em cascata.