Auditor Geral da Nação. controle descontrolado

a formação de Auditor Geral da Nação (AGN) deve ser uma das ações mais cautelosas que o Congresso pode tomar. É o órgão que apoia tecnicamente o Legislativo no controle externo do Estado. Por isso, a inoportuna sessão nocturna, sem debate nem parecer, em que o PP avançou com a nomeação de três dos auditores; um procedimento parlamentar escandaloso que corrói as próprias instituições que respeita e protege com urgência.

A AGN já empossou os auditores nomeados. Rita Mónica Almada por A liberdade avança, Juan Ignácio Forlón para o peronismo e Pamela Calettipoliticamente ligado ao governador Salta, Gustavo Sáenze ex-funcionário do governo Juan Manuel Urtubay.

Agora resta ao Senado nomear seus três representantes e às duas casas acertarem o presidente da entidade. Além desta espinhosa solução de desenvolvimento, o estrago já está feito integrando uma parte do organismo, o que se realiza através de atalhos, chicanas e opacidades.

É obrigação dos partidos políticos cumprir o dever cívico de serem eleitos membros da AGN os profissionais mais treinados técnica e moralmente e não transformar tal ato institucional na distribuição de serviços prestados ou no favorecimento da mera filiação partidária.

O artigo 85 da Constituição Nacional é claro. Prevê que a supervisão externa do setor público nacional seja uma autoridade do Congresso. A Lei Nacional dos Sistemas de Gestão e Controlo Financeiro do Sector Público estipula que a AGN é composta por sete membros, seis dos quais são nomeados pelo Congresso, mais um presidente nomeado pelo principal partido da oposição. Não se trata apenas de preencher vagas, mas de garantir o pluralismo, o equilíbrio político e a capacidade técnica. Daí a importância da cláusula que significa preservar a composição de cada Câmara na hora de fazer nomeações.

ei A liberdade avança é a primeira minoria Deputadoscom 95 legisladores, União pela Pátria tem 93 e Pró:com 12 bancos. Quem questiona a decisão condena a existência de um falso acordo político entre o partido no poder e a principal oposição, deixando de fora desta representação outras forças políticas, como o “Pro”, que entrou com um amparo na Justiça para declarar as nomeações inconstitucionais. Outros, porém, afirmam que o mal-estar do Pro se deve ao fracasso de um alegado acordo com o Governo para colocar o ex-ministro macrista numa das bancadas da AGN. Jorge Triaca.

seja como for A maior reprovação não está no resultado, mas na forma. A sessão em que foi votada a lista restrita de auditores foi um resumo das más práticas. A proposta foi apresentada repentinamente, por volta das 3 horas da manhã, sem o gabinete da comissão, sem que os candidatos fossem considerados conhecidos e sem o necessário debate parlamentar. O projeto de lei foi apresentado e votado em bloco, num clima de confusão que levou à retirada de legisladores do Pro, UCR e outros blocos. Nenhum destes corresponde à relevância institucional da decisão tomada.

Quanto a saber se estas eleições devem ser realizadas durante as actuais sessões extraordinárias, Advogados discordam. Embora haja quem defenda que a nomeação de auditores não é uma actividade legislativa e que, portanto, pode ser tratada ao longo do ano, outros tendem a acreditar que só deveria acontecer durante as sessões ordinárias.

A constituição e a lei não apenas definem poderes, mas também estabelecem padrões de conduta. A AGN deveria ser um exemplo de institucionalismo e não o resultado de um procedimento parlamentar caótico concluído na escuridão da política. Se o Congresso não respeitar os mecanismos institucionais, será difícil responsabilizar o resto do Estado.


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