Os Estados Unidos “apreenderam” um petroleiro ao largo da Venezuela no sábado, o mais recente golpe numa campanha de pressão contra Caracas, disse o governo dos EUA no sábado.
É a segunda vez que as forças dos EUA interditam um petroleiro na região e ocorre dias depois de anunciar um bloqueio de “petroleiros sancionados” com destino e saída da Venezuela.
Numa operação antes da manhã desta manhã, 20 de dezembro, a Guarda Costeira dos EUA, com o apoio do Departamento de Guerra, interceptou um petroleiro que estava atracado pela última vez na Venezuela, disse a chefe da Segurança Interna dos EUA, Kristy Noem, numa mensagem em 20 de dezembro.
A mensagem foi acompanhada por cerca de oito minutos de imagens aéreas de um helicóptero voando logo acima do convés de um grande navio-tanque no mar.
“Os Estados Unidos continuarão a perseguir carregamentos ilegais de petróleo sancionado usado para financiar o narcoterrorismo na região. Iremos encontrá-los e detê-los”, acrescentou Noem.
Citando um funcionário americano e duas pessoas da indústria petrolífera venezuelana, o New York Times informou que o navio era um petroleiro de bandeira panamenha que tinha acabado de sair da Venezuela e estava em águas caribenhas.
Noem não compartilhou nenhuma informação específica sobre o petroleiro e não está claro se o navio proibido está sujeito a sanções dos EUA.
O Pentágono encaminhou as questões à Casa Branca, que não respondeu imediatamente ao pedido da AFP no sábado.
– “A luta contra as mentiras” –
Em 10 de dezembro, as forças americanas apreenderam um grande petroleiro ao largo da costa da Venezuela, que, segundo o Procurador-Geral, estava envolvido no transporte de petróleo proibido da Venezuela para o Irão.
Os Estados Unidos têm vindo a construir uma importante presença militar nas Caraíbas há meses, com o objectivo declarado de combater o tráfico de droga na América Latina, mas visaram especificamente a Venezuela.
O ministro da Defesa venezuelano, Vladimir Padrino López, foi desafiador em um evento público em Caracas, transmitido pela televisão estatal no sábado, embora não tenha mencionado o navio interditado.
O ministro da Defesa disse: “Estamos lutando contra mentiras, fraudes, interferências, ameaças militares e guerra psicológica”, acrescentando que “isso não pode nos intimidar”.
Atualmente, existem 11 navios de guerra americanos no Caribe: o maior porta-aviões do mundo, um navio de assalto anfíbio, dois navios de transporte anfíbio, dois cruzadores e cinco contratorpedeiros.
Os navios da Guarda Costeira dos EUA também estão estacionados na região, mas o serviço recusou-se a fornecer estatísticas sobre esses activos “por razões de segurança operacional”.
Caracas classificou a operação como uma campanha para destituir o esquerdista Nicolás Maduro, que Washington e muitos países consideram um presidente ilegítimo e um “ladrão” do petróleo da Venezuela.
Os militares dos EUA também levaram a cabo uma série de ataques aéreos contra navios suspeitos de tráfico de droga nas Caraíbas e no Pacífico oriental desde Setembro. Os críticos questionam a legitimidade dos ataques, que mataram mais de 100 pessoas.
msp/jgc
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