O mundo está “pronto” para uma mulher à frente da ONU, disse Bachelet do Chile à AFP

Michelle Bachelet, que foi pioneira na América Latina como a primeira mulher a servir como ministra da Defesa e foi eleita a primeira presidente do Chile, pretende agora tornar-se a primeira mulher secretária-geral da ONU e diz que o mundo está “pronto”.

O mundo está “pronto” para uma mulher à frente da ONU, disse Bachelet do Chile à AFP

Este homem de 74 anos, que foi presidente da República do Chile durante dois mandatos, foi nomeado para o cargo máximo da ONU em setembro deste ano pelo líder de esquerda do seu país, Gabriel Borich.

Ele agora quer o apoio de seu sucessor escolhido a dedo, o direitista José Antonio Caste, com quem se encontrou na segunda-feira.

Após a reunião, Bachelet disse à AFP que “o mundo está pronto” para que uma mulher assuma o comando e “dê uma contribuição diferente através de algum tipo de liderança”.

Se for eleito, disse que ajudaria as Nações Unidas a “modernizarem-se e tornarem-se mais eficientes, eficazes e transparentes”.

As Nações Unidas, que este ano completam 80 anos, nunca foram chefiadas por uma mulher, exceto o diplomata peruano latino-americano Javier Perez de Cuellar, que serviu como secretário-geral de 1982 a 1991.

O cargo tradicionalmente alterna entre regiões do mundo, sendo a América Latina a próxima na fila após o término do mandato de Antonio Guterres, de Portugal.

Depois de cumprir o seu primeiro mandato como presidente do Chile, de 2006 a 2010, Bachelet tornou-se a primeira chefe da então recém-criada agência ONU Mulheres.

De 2014 a 2018, atuou como Presidente do Chile e depois como Alto Comissário da ONU para os Direitos Humanos.

Sobre o tema das crescentes tensões entre a Venezuela e os Estados Unidos, que enviaram uma grande força naval para as Caraíbas, bombardearam barcos suspeitos de tráfico de droga e apreenderam petroleiros, Bachelet disse que a mediação fora da ONU pode ser a melhor opção.

Os presidentes do Brasil e do México, Luiz Inácio Lula da Silva e Claudia Sheinbaum, se ofereceram para concorrer.

Ele disse: “Nem sempre tem que ser uma reunião plena da Assembleia Geral, do Conselho de Segurança. Talvez quando um dos países em conflito é membro do Conselho de Segurança e tem poder de veto, muitas vezes esse não é o melhor lugar para procurar uma solução”.

Os Estados Unidos são um dos cinco membros permanentes do conselho com poder de veto.

“Acho que ter mediadores tão poderosos da região… pode ser uma solução, pode ser uma boa resposta”, acrescentou Bachelet.

Três outros latino-americanos disputam o cargo mais importante na ONU: Rebecca Greenspan, secretária-geral da Conferência das Nações Unidas sobre Comércio e Desenvolvimento; a ministra mexicana do Meio Ambiente, Alicia Barcena; e a primeira-ministra de Barbados, Mia Motley.

Outro candidato é o chefe da Agência Internacional de Energia Atômica, Rafael Grossi, da Argentina.

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TRABALHADOR MÉDICO

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