O banco de investimento JPMorgan acaba de divulgar sua lista das 47 principais opções de ações para 2026, que a empresa acredita que proporcionará maiores retornos no próximo ano. A lista abrange uma ampla gama de setores, desde tecnologia e saúde até finanças, energia e consumo discricionário. No entanto, apenas um nome do setor de telecomunicações foi eliminado: AT&T (T).
O JPMorgan atribui à AT&T uma classificação de “sobreponderação” e define um preço-alvo de um ano de US$ 33 por ação, o que implica uma alta de cerca de 35% em relação aos níveis de negociação recentes. A ação oferece atualmente um rendimento de dividendos futuro de cerca de 4,5%, tornando-a um dos grandes nomes de maior rendimento do mercado. Apesar de ter subido 8% no ano passado e ter um fluxo de receita atraente, as ações da AT&T caíram 18% em relação ao máximo de setembro, de US$ 29,79 por ação.
Esta última fraqueza levantou questões entre os investidores sobre se o recuo é uma oportunidade de compra ou um sinal de desafios mais profundos. Com o apoio otimista do JPMorgan e um dividendo generoso, a AT&T merece um lugar na carteira de longo prazo?
A AT&T é uma das maiores provedoras de telecomunicações da América, fornecendo serviços sem fio, banda larga e fibra óptica para mais de 100 milhões de clientes. Com sede em Dallas, Texas, na icônica Torre Whitacre, a empresa opera a maior rede sem fio do país em termos de cobertura e continua a expandir agressivamente sua presença de fibra para residências por meio de seu programa contínuo de implantação de fibra.
Nos últimos 12 meses, as ações da AT&T subiram 8%, refletindo o desempenho contínuo e o crescimento de assinantes nos segmentos sem fio e de banda larga. No entanto, as ações registaram uma queda acentuada em relação aos máximos recentes, após um período forte durante a maior parte do ano.
Vários fatores contribuíram para a venda: aumento da atividade promocional na indústria wireless, que deprimiu a receita média por usuário (ARPU); preocupações dos investidores sobre o potencial abandono de assinantes devido à incerteza económica; e uma rotação mais ampla do mercado, afastando-se das ações de dividendos de elevado rendimento, uma vez que as taxas de juro permanecem elevadas.
Apesar destes obstáculos, a AT&T continuou a demonstrar força operacional, a gerar fluxo de caixa livre consistente e a avançar na sua mudança estratégica em direção a serviços de fibra e 5G com margens mais elevadas.
O analista do JPMorgan, Sebastiano Petti, que cobre o setor de telecomunicações da empresa, tem sido consistentemente otimista em relação à AT&T. Em notas recentes para investidores, Petty destacou vários fatores-chave por trás de sua classificação de “excesso de peso” e preço-alvo de US$ 33. Isto aponta para a forte posição competitiva da AT&T no segmento pós-pago sem fios, onde a empresa está a ganhar quota de mercado através da melhoria da experiência do cliente e da qualidade da rede.





