Em março, o açúcar nova-iorquino nº 11 do mundo (SBH26) fechou segunda-feira com alta de +0,09 (+0,59%). Março London ICE White Sugar #5 (SWH26) fechou em queda de -0,60 (-0,14%).
Os preços do açúcar fecharam de forma mista na segunda-feira, com o açúcar de Nova York atingindo a maior alta em 2,25 meses na última quarta-feira. Os preços do açúcar têm tido apoio desde a última terça-feira, quando a consultoria Safras & Mercado disse que a produção de açúcar do Brasil em 2026/27 caiu 3,91%, para 41,8 milhões de toneladas, de 43,5 milhões de toneladas esperadas em 2025/26. A empresa espera que as exportações do Brasil em 2026/27 diminuam -11% no ano passado, para 30 milhões de toneladas.
Os preços do açúcar ficaram sob pressão no início deste mês, em meio a perspectivas de maiores exportações de açúcar da Índia, depois que o ministro da Alimentação da Índia disse que o governo pode permitir mais exportações de açúcar para aliviar a pressão na oferta interna. No mês passado, o Ministério da Alimentação da Índia disse que permitiria que as fábricas exportassem 1,5 milhões de toneladas de açúcar na temporada 2025/26. A Índia introduziu um sistema de cotas para as exportações de açúcar em 2022/23, depois que as chuvas tardias reduziram a produção e limitaram a oferta interna.
Sinais de uma maior safra de açúcar na Índia, o segundo maior produtor mundial, estão reduzindo os preços depois que a Associação Indiana de Usinas de Açúcar (ISMA), em 11 de novembro, aumentou sua estimativa de produção de açúcar indiana para 2025/26 para 31 MMT, de uma previsão anterior de 30 MMT, um aumento de +18,8% em relação ao ano passado. A ISMA também reduziu a estimativa de açúcar utilizado para a produção de etanol na Índia para 3,4 milhões de toneladas, face à previsão de Julho de 5 milhões de toneladas, o que poderá permitir à Índia aumentar as suas exportações de açúcar. Enquanto isso, a Associação Indiana de Usinas de Açúcar (ISMA) informou em 15 de dezembro que a produção de açúcar da Índia em 2025-26, de 1º de outubro a 15 de dezembro, saltou +28% em relação ao ano anterior, para 7,83 MMT.
A previsão para a produção de açúcar no Brasil é pessimista em termos de preços. A Conab, agência de previsão de safra do Brasil, elevou em 4 de novembro sua estimativa de produção de açúcar no Brasil em 2025/26 para 45 milhões de toneladas, de uma previsão anterior de 44,5 milhões de toneladas. A Unica informou em 16 de dezembro que a produção acumulada de açúcar do Centro-Sul do Brasil em 2025-26 até novembro aumentou 1,1% a/a para 39.904 MMT. Além disso, a proporção de cana moída em relação ao açúcar aumentou para 51,12% em 2025/36, de 48,34% em 2024/25.
Do lado negativo do açúcar, a Organização Internacional do Açúcar (ISO) previu em 17 de Novembro um excedente de açúcar de 1,625 milhões de toneladas em 2025-26, após um défice de 2,916 milhões de toneladas em 2024-25. A ISO disse que o excedente foi impulsionado pelo aumento da produção de açúcar na Índia, Tailândia e Paquistão. A ISO prevê um aumento anual de +3,2% na produção global de açúcar para 181,8 milhões de toneladas em 2025-26. Enquanto isso, o comerciante de açúcar Chernikov elevou em 5 de novembro sua estimativa de excedente global de açúcar para 2025/26 para 8,7 milhões de toneladas, um aumento de +1,2 milhões de toneladas em relação à estimativa de setembro de 7,5 milhões de toneladas.




