O secretário de Estado, Marco Rubio, expressou otimismo, ao mesmo tempo que reconheceu as dificuldades significativas enfrentadas pelos esforços diplomáticos da administração Trump em relação ao conflito Rússia-Ucrânia e à situação Israel-Hamas. Numa extensa conferência de imprensa de duas horas no final do ano, Rubio destacou o objectivo da administração de estabelecer um cessar-fogo humanitário no Sudão até ao final do ano.
Seus comentários seguiram-se a negociações importantes em Miami envolvendo importantes autoridades de segurança nacional da Grã-Bretanha, França e Alemanha, juntamente com o negociador-chefe da Ucrânia, Rustem Umerov. A estratégia da América é finalizar a proposta de paz Ucrânia-Rússia de Trump, que passou por várias iterações. Figuras-chave como o genro do presidente Jared Kushner e Steve Wittkoff estão activamente envolvidos em conversações com responsáveis do Egipto, Turquia e Qatar.
Rubio observou que o progresso na iniciativa de cessar-fogo em Gaza tem sido lento desde que começou em Outubro. As autoridades norte-americanas defendem a criação de um “Conselho de Paz” para supervisionar a região devastada pela guerra e criar uma força de reforço para manter a lei e a ordem. Rubio enfatizou a necessidade de maior clareza sobre as contribuições e regras operacionais da força, destacando a necessidade de uma abordagem de governação abrangente assim que o conselho de paz e um grupo técnico palestiniano estiverem em funcionamento.
Na frente diplomática, Witkoff e Kushner encontrar-se-ão com o conselheiro russo Kirill Dmitriyev, expandindo a conversa para incluir as perspectivas russas. Rubio deixou claro que qualquer acordo de paz exigiria concessões da Ucrânia e da Rússia, sublinhando o papel dos EUA como facilitador e não como implementador unilateral.
Voltando-se para a situação na Venezuela, Rubio reforçou a posição do governo sobre as operações militares que visam operações de tráfico de drogas supostamente originárias do regime de Maduro. Ele insistiu que tais ações não exigiriam a aprovação do Congresso e seriam enquadradas como uma resposta operacional ao terrorismo das drogas. Rubio defendeu a abordagem da administração, afirmando que o governo Maduro representa uma ameaça à estabilidade regional devido aos seus laços com o Irão e outras organizações terroristas.
Apesar das ambições do Presidente Trump de ser visto como um pacificador, Rubio reconheceu que os cessar-fogo previamente negociados pela administração estão a desaparecer, como evidenciado pelos novos conflitos no Camboja e na Tailândia, entre o Ruanda e o Congo. O envolvimento activo do secretário durante as conferências de imprensa marcou uma mudança em relação aos seus antecessores, que muitas vezes limitavam as suas interacções. Esta abordagem poderá assinalar uma nova fase no envolvimento diplomático dos EUA sob a actual administração.
Rubio comentou sobre a redução da pegada dos programas de ajuda externa dos EUA, que, segundo ele, estão a ser redireccionados para promover os interesses nacionais. Os críticos argumentam que isso poderia prejudicar os esforços humanitários globais, mas Rubio disse que é necessária uma alocação de recursos mais estratégica.
Os desenvolvimentos acima mencionados sugerem uma mudança na política externa dos EUA, à medida que a administração enfrenta desafios geopolíticos complexos, ao mesmo tempo que defende os seus princípios fundamentais de “América em Primeiro Lugar”.




