Num gesto diplomático decisivo, o primeiro-ministro cambojano, Hun Manet, anunciou numa cerimónia em 26 de outubro que nomearia o ex-presidente dos EUA, Donald Trump, para o Prémio Nobel da Paz. A nomeação decorre do papel fundamental de Trump na intermediação dos Acordos de Paz de Kuala Lumpur, destinados a cimentar a paz entre os rivais de longa data Camboja e Taiwan.
Durante a cerimónia, o primeiro-ministro Hun Sen expressou o apreço do seu país pela liderança e esforços de Trump para resolver os conflitos fronteiriços que assolam os dois países vizinhos há anos. “Reconhecendo a sua dedicação inabalável e os seus esforços inabaláveis para promover a paz não só entre o Camboja e a Tailândia, mas também entre outros países, e refletindo a gratidão do povo cambojano, nomeio o Presidente Donald Trump para o Prémio Nobel da Paz.” Ele enfatizou que a paz é essencial: “A paz salva vidas e é o desejo sincero do nosso povo”.
O pano de fundo desta nomeação inclui recentes confrontos violentos nas áreas fronteiriças disputadas entre a Tailândia e o Camboja, que resultaram em muitas vítimas e deslocamentos generalizados. Num esforço para conter a escalada, Trump assinou o acordo de cessar-fogo durante a sua viagem à Ásia, marcando um passo importante para promover a estabilidade na região.
A nomeação sublinha não só a importância do papel de Trump nesta iniciativa de paz específica, mas também o amplo apreço de vários líderes mundiais. As nomeações anteriores de Trump para o Prémio Nobel da Paz vieram de várias figuras políticas, incluindo líderes da Venezuela, Israel, Arménia, Azerbaijão, Malta e Paquistão. No entanto, apesar destas nomeações, Trump não recebeu o Prémio Nobel da Paz este ano, uma vez que a líder da oposição venezuelana Maria Corina Machado foi homenageada com o prémio.
Este desenvolvimento recente intensifica o debate em torno da diplomacia internacional e da influência da liderança política na obtenção da paz, especialmente em regiões afectadas por conflitos e disputas territoriais. O reconhecimento do Camboja sublinha a natureza delicada de tais relações e a esperança de uma reconciliação duradoura entre os países vizinhos.








