Após um dramático “flash crash” em que os preços caíram de 84 dólares para menos de 73 dólares numa única sessão, a prata recuperou ligeiramente para atingir 77 dólares a onça. Os analistas atribuem o declínio a uma grande liquidação bancária, supostamente do UBS, e ao aumento da margem do CME Group. Apesar disso, as perspectivas a longo prazo da prata permanecem optimistas devido à procura industrial em painéis solares, electrónica e às iminentes restrições à exportação chinesas.
Os preços do cobre estão atualmente em torno de US$ 5,51 a US$ 5,80 por libra. O metal passou por um final de ano volátil, mas permanece com alta de 36% no acumulado do ano. O crescimento da eletrificação, a expansão dos centros de dados de IA e a infraestrutura de energia verde alimentaram a forte procura. As interrupções no fornecimento na Indonésia e no Chile, combinadas com os protestos trabalhistas no Peru, restringiram a oferta global, contribuindo para a recuperação do cobre em 2025.
Ouro permanece resiliente a cortes de feed e riscos geopolíticos
O ouro está sendo negociado em uma faixa estreita acima de US$ 4.300, refletindo uma modesta flexibilização do Fed e da dinâmica da inflação. Os preços variaram de US$ 4.323,80 a US$ 4.403,90 nos últimos dias de dezembro, fechando em US$ 4.400, um aumento de 1,58% em relação às últimas sessões. Analistas de mercado dizem que as compras do banco central e a continuação das taxas de juros seguras apoiarão o ouro em 2026, com as previsões do Goldman Sachs e do UBS apontando para US$ 5.000 a onça.
O sentimento dos investidores também foi afectado por um dólar americano mais fraco, o que torna o ouro mais barato para os detentores de outras moedas. As tensões geopolíticas e o reequilíbrio da carteira no final do ano deram impulso, encorajando os traders a manterem posições em ouro. No geral, o ouro continua a ser uma proteção importante contra a inflação e a incerteza económica em 2026.
Flash crash da prata e restrições de oferta
Durante o período de 29 a 30 de dezembro, os preços da prata caíram de US$ 84 por onça para menos de US$ 73 por onça. O declínio acentuado deveu-se a grandes liquidações bancárias e à expansão das margens nos contratos de prata da CME. Os preços se estabilizaram em torno de US$ 75 a US$ 77. Os investidores estão atentos às novas regras de licenciamento de exportação de prata da China, que entrarão em vigor a partir de 1 de janeiro de 2026. Como processador de prata dominante no mundo, espera-se que a política da China restrinja a oferta global, um fator chave por trás da recuperação recorde da prata no início deste mês.
A procura industrial de prata sustenta o seu valor, particularmente em painéis solares, electrónica e veículos eléctricos. Os analistas destacam que o desequilíbrio entre a oferta e a procura persistirá durante vários meses e a prata poderá apresentar um desempenho superior em 2026. Os observadores do mercado também observam um aumento do interesse dos fundos mútuos, o que poderá aumentar ainda mais os movimentos de preços.
Altas do cobre impulsionadas pela eletrificação e pela demanda global
O cobre 2025 encerrou perto de US$ 5,6787 por libra-peso, alta de 2,59% em relação ao último pregão e alta de 36% no ano. A demanda é impulsionada pela infraestrutura de IA, pela construção de data centers e pelas transições globais de energia verde. Os riscos do lado da oferta são significativos com o encerramento das operações na mina Grasberg da Freeport-McMoRan, na Indonésia, responsável por 3% da produção global, e com a agitação laboral no Chile e no Peru. As recentes ameaças de tarifas dos EUA sobre formas de cobre também transferiram os fluxos para os armazéns dos EUA, fortalecendo ainda mais os mercados.
Espera-se que a procura de cobre a longo prazo se fortaleça à medida que os países aceleram os projectos de electrificação e as instalações de energias renováveis. Os observadores apontam para o aumento da intensidade do cobre em veículos elétricos, turbinas eólicas e armazenamento de baterias. É provável que o mercado permaneça sensível às interrupções na produção, tornando o cobre uma mercadoria de grande interesse para os investidores em 2026.
Perspectivas do mercado de metais preciosos e industriais
Os analistas permanecem otimistas em relação a 2026. Espera-se que o ouro continue a ser um ativo refúgio seguro em meio às incertezas globais. A prata pode chegar a US$ 100 a onça devido à escassez de oferta e à demanda industrial. As agendas de eletrificação dos governos e o aumento dos gastos de capital nos setores de IA e energia limpa apoiam a visão de Koper. Os investidores estão atentos aos desenvolvimentos geopolíticos e às perturbações no fornecimento, à medida que os metais ganham um forte impulso rumo ao novo ano.
Os especialistas enfatizam o papel dos bancos centrais como compradores persistentes de ouro e prata, especialmente nos mercados emergentes. As mudanças políticas, as restrições às exportações e os gastos em infraestruturas com tecnologia verde criarão nova volatilidade e oportunidades para os três metais. No geral, os metais estão posicionados para um forte desempenho, mas os investidores devem estar preparados para oscilações frequentes de preços.
À medida que 2025 chega ao fim, o ouro está próximo US$ 4.400Prata por toda parte US$ 77Cobre por cima US$ 5,60 Reflete não apenas a dinâmica cíclica, mas também mudanças estruturais mais profundas. À medida que entramos em 2026, os investidores estão atentos para ver se estas forças se intensificam — ou colidem — preparando o terreno para mais um ano crítico para os mercados globais de matérias-primas.
PERGUNTAS FREQUENTES:
P: Por que a prata caiu acentuadamente no final de dezembro de 2025? R: A prata caiu de US$ 84 para menos de US$ 73 em 29 e 30 de dezembro devido a uma grande liquidação bancária e a um aumento de margem do CME Group. A mudança causou volatilidade no curto prazo, mas os preços se estabilizaram em torno de US$ 75 a US$ 77. As próximas regras de licenciamento de exportação da China podem impactar a oferta e os preços.
P: Que fatores impulsionarão os preços do cobre e do ouro até 2026?
R: O cobre continua forte a US$ 5,68 por libra-peso, apoiado pela infraestrutura de IA, data centers e demanda por energia verde. O ouro está acima de US$ 4.400 devido aos cortes nas taxas do Fed, à compra de portos seguros e às tensões geopolíticas. As perturbações na oferta na Indonésia, no Chile e no Peru estão a apertar ainda mais os mercados globais. Os analistas prevêem que os preços dos metais subirão em 2026.





