Os pesquisadores descobriram que a planta cicadácea, usada como alimento em Odisha, pode conter neurotoxinas

Um comunicado divulgado pela AIIMS Bhubaneswar disse que cientistas médicos de vários institutos encontraram BMAA, uma neurotoxina potencial, em várias espécies da planta cicadácea encontradas nas florestas de Odisha.

A descoberta suscitou preocupação, uma vez que uma parte dos residentes locais segue as tradições de comer produtos vegetais cicadáceas, como o ‘pitta’ (um alimento local), como parte da sua dieta e rituais.

As descobertas fazem parte da pesquisa da AIIMS Bhubaneswar para descobrir se o consumo direto de alimentos vegetais cicadáceas pode reduzir o risco de doenças neurológicas.

“Se o consumo deste (alimentos à base de plantas cicadáceas) está diretamente associado a um aumento de doenças neurológicas continua a ser uma questão crítica. Para responder à questão, a AIIMS Bhubaneswar iniciou uma investigação”, afirmou um comunicado divulgado na terça-feira.

Os especialistas interagiram diretamente com os moradores, pacientes e prestadores de cuidados de saúde locais para compreender os problemas neurológicos e de saúde afins causados ​​pelo consumo de sementes de cicadáceas.


Um eminente grupo de cientistas e especialistas médicos nacionais e internacionais participou recentemente de um workshop internacional intitulado “Distúrbios Neurológicos Relacionados à Cycad: Uma Abordagem Multidimensional para Sua Remediação”. O programa foi organizado conjuntamente pelo Departamento de Neurologia, AIIMS Bhubaneswar e Shillong Health Serious Health Workshop. Os riscos estão relacionados com a cicadácea, uma planta antiga que coexistiu com os dinossauros durante mais de 300 milhões de anos, refere o comunicado.

“Freqüentemente usadas como plantas ornamentais hoje, as espécies de cicadáceas contêm toxinas potentes, incluindo cicadsina, BMAA (β-N-metilamino-L-alanina) e MAM (metilazoximetanol)”, afirmou.

“Essas toxinas estão fortemente associadas a doenças neurodegenerativas debilitantes, como parkinsonismo, doenças dos neurônios motores e demência em outras regiões do mundo, particularmente na Península de Guam, nos EUA, e na Península de Ki, no Japão, onde a planta é uma parte indígena da dieta tradicional”, afirmou.

O workshop foi concluído com o compromisso de desenvolver um roteiro claro para avançar na investigação, aumentar a sensibilização da comunidade e promover a colaboração interdisciplinar destinada a compreender e mitigar os riscos significativos para a saúde associados ao consumo de cicadáceas na região.

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