As tensões entre os Estados Unidos e a Venezuela aumentaram depois que os EUA mobilizaram o maior navio de guerra do mundo, resultando em 11 ataques a barcos em águas venezuelanas. O presidente venezuelano, Nicolás Maduro, acusou veementemente o presidente dos EUA, Donald Trump, de “forjar uma nova guerra perpétua” contra o seu país. A intervenção militar dos EUA foi justificada por alegações de que os navios visados estavam envolvidos no tráfico de drogas com a notória organização criminosa Tren de Aragua que opera em território venezuelano.
Numa medida relacionada, em 28 de Outubro, a Venezuela suspendeu um importante acordo de gás com a vizinha Trinidad e Tobago. A decisão veio em resposta à decisão de Trinidad de receber outro navio militar dos EUA, o USS Gravely, prejudicando ainda mais as já tensas relações entre os dois países.
Maduro rejeitou as acusações dos EUA de tráfico de drogas, afirmando que “a Venezuela é um país que não produz folhas de cocaína”. Os EUA ainda não forneceram provas concretas para apoiar as suas alegações sobre os barcos venezuelanos, o que apenas intensificou o escrutínio das motivações de Trump.
Há uma especulação crescente de que Trump está a visar uma mudança de regime na Venezuela, agravada pelas suas intervenções anteriores em vários países. O presidente dos EUA comenta e toma medidas diretas em assuntos que afetam diretamente os assuntos internos de outros países, incluindo Brasil, Índia, Israel e Argentina. A prática gerou receios de que a agitação venezuelana possa tornar-se parte da estratégia mais ampla da administração Trump na América Latina e fora dela.







