O Senado aprovou uma medida para reverter a guerra comercial de Trump com o Brasil enquanto a paralisação do governo continua

Ações legislativas significativas ocorreram em 28 de outubro de 2025, quando a paralisação do governo dos EUA se estendeu pela quarta semana. O Senado aprovou uma resolução que visa encerrar a guerra comercial do ex-presidente Trump com o Brasil. A medida foi aprovada por 52 votos a 48, liderada pelo senador democrata Tim Kaine, da Virgínia. Numa rara demonstração de apoio bipartidário, cinco senadores republicanos juntaram-se aos democratas no apoio à resolução: Lisa Murkowski do Alasca, Susan Collins do Maine, Rand Paul do Kentucky, Thom Tillis da Carolina do Norte e o antigo líder republicano Mitch McConnell do Kentucky.

A resolução desafia diretamente a declaração de emergência nacional de Trump, uma medida que ele ajudou a lançar uma guerra comercial contra o Brasil e outros países. A justificação de Trump para estas medidas comerciais agressivas depende de alegações de que o Brasil representa uma ameaça à segurança nacional dos EUA e de que o governo brasileiro está a perseguir politicamente o ex-presidente Jair Bolsonaro. Bolsonaro cumpre atualmente uma pena de 27 meses de prisão pelo seu papel numa violenta tentativa de golpe que teve como alvo o seu próprio vice-presidente Geraldo Alcmin, o juiz do Supremo Tribunal Alexander de Moraes e outros funcionários.

Em resposta direta à prisão de Bolsonaro, Trump impôs tarifas massivas sobre as importações brasileiras, atingindo produtos importantes como o café e a carne bovina. Ele impôs sanções ao juiz do Supremo Tribunal brasileiro que presidiu o caso de Bolsonaro, uma medida que tem enfrentado um escrutínio crescente.

O senador republicano moderado Mitch McConnell discordou, afirmando que as tarifas acabariam por prejudicar os consumidores americanos ao aumentar o custo de vida. “As tarifas tornam mais caro construir e comprar na América. Os danos económicos das guerras comerciais não são a excepção na história, mas a regra”, argumentou McConnell. Ele enfatizou que tais medidas não são do interesse dos americanos comuns.

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O senador Rand Paul criticou o uso de uma emergência nacional para justificar a disputa comercial, chamando-a de abuso de poder. Outros senadores mantêm actualmente um excedente comercial de 7 mil milhões de dólares com o Brasil, argumentando que as tarifas parecem mais uma resposta punitiva à política brasileira do que um reflexo de preocupações económicas legítimas.

Apesar desta resistência bipartidária às políticas comerciais de Trump, o vice-presidente dos EUA, J.D. Vance, descreveu as estratégias comerciais da administração como “muito bem-sucedidas”, ilustrando uma divisão dentro do Partido Republicano.

Olhando para o futuro, o destino da resolução permanece incerto. Embora represente um esforço bipartidário concertado para combater o protecionismo excessivo na era Trump, espera-se que a Câmara dos Representantes, controlada pelos republicanos, a rejeite, em linha com resoluções anteriores destinadas a bloquear as tarifas de Trump. Embora seja improvável que a resolução seja aprovada em ambas as casas do Congresso, é provável que enfrente um veto se chegar à mesa de Trump.

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