Um novo passo em direção à sustentabilidade na indústria pesqueira foi marcado com a transformação da matriz energética da fábrica de farinha de peixe de maior capacidade em Chimpot, operada pela Tecnológica de Alimentos SA (TASA).
A empresa implementou a utilização de gás natural, o que reduzirá as emissões anuais de dióxido de carbono em 18%, equivalente a 6.500 toneladas métricas de CO₂. Esta mudança impacta a pegada de carbono corporativa, alcançando uma redução de 3,71% e reforçando o compromisso da empresa com uma produção mais limpa e eficiente.
A usina de Chimpot, que utilizava combustíveis pesados até o ano passado, opera agora com 265 mil MMBTU de energia proveniente de gás natural. Esta transição energética estabelece um novo padrão no setor pesqueiro local, uma solução que substitui as fontes tradicionais com eficiência e reduzido impacto ambiental. Outras três unidades da TASA que já haviam migrado para o gás natural também foram agregadas à implantação em Chimpot.
A transição energética exigiu um planeamento cuidadoso e um trabalho conjunto com os aliados estratégicos da TASA, e incluiu a formação de funcionários locais. Os responsáveis pela fábrica destacam que esse processo dá continuidade à estratégia corporativa de caminhar em direção a uma operação mais ecologicamente correta.

A mudança na matriz energética está integrada num vasto conjunto de iniciativas que a TASA promove para fortalecer a sustentabilidade das suas operações. O Relatório de Sustentabilidade de 2024 da empresa observa progresso na eficiência do consumo de recursos essenciais.
Houve queda no uso de água por tonelada produzida, 0,21 m³/TN proveniente da rede – menos que no ano anterior – 1,80 m³/TN proveniente de poço. A gestão energética também avançou, com uma menor utilização de óleo residual por tonelada e um ligeiro aumento na utilização de gasóleo e energia elétrica em linha com o processo de migração para novas fontes.
A TASA destaca uma enorme valorização dos resíduos: os resíduos perigosos subiram de 27% para 35% no ano passado, e os resíduos não perigosos subiram de 37% para 45%. Outras inovações incluem um sistema de “energia costeira” que fornece energia elétrica aos barcos a partir da usina, e a rápida instalação de painéis solares em barcos destinados à pesca de anchova.
Em 2024, a TASA atinge uma produção de 265.817 toneladas de farinha de peixe, vinculada à recuperação da biomassa de anchova nas águas peruanas. O setor das pescas registou um boom no processamento industrial, com um crescimento anual de 19% em julho de 2025 e um aumento notável na produção de farinha de peixe (+667,5%) e óleo de peixe (+1.710,7%). Embora as exportações totais tenham diminuído em valor e volume, as vendas internas de produtos da pesca nacionais aumentaram, especialmente enlatados, farinha e produtos congelados.
Assim, a TASA mantém a sua posição entre as empresas líderes do sector, promovendo a adopção de tecnologias limpas e estabelecendo metas ambiciosas na redução de emissões e na valorização de resíduos. Estas ações refletem a tendência de transição da indústria para modelos de operação com menor impacto ambiental e utilização mais eficiente dos recursos.








