O Departamento de Justiça nega motivos políticos por trás das redações do arquivo Epstein

O Departamento de Justiça dos EUA enfrentou uma reação significativa pela recente divulgação de arquivos relacionados a Jeffrey Epstein, em meio a acusações de que suas redações tinham como objetivo proteger o ex-presidente Donald Trump. Isto surge na sequência de uma parte dos documentos tornados públicos em 19 de dezembro, que incluíam várias páginas de fotografias fortemente escurecidas e desfocadas, provocando indignação nas vítimas de Epstein e nos legisladores que acreditam que a divulgação estava incompleta.

O procurador-geral adjunto, Todd Blanche, apareceu no programa Meet the Press da NBC para refutar as alegações de interferência política em relação ao material editado. Ele insistiu que o departamento não redigiu nenhuma informação para proteger Trump, enfatizando que “absolutamente não é positivo”. Uma grande controvérsia foi a decisão de censurar fotografias de grupos com Trump. Inicialmente, as imagens foram retidas devido a preocupações com os indivíduos retratados, mas após análise mais aprofundada, o Departamento de Justiça republicou as fotos sem edições, concluindo que não havia evidências que sugerissem que alguma das vítimas de Epstein estivesse nas imagens.

Os legisladores democratas expressaram dúvidas sobre a abrangência das reformas. O deputado Jamie Raskin acusou Trump de obstruir a transparência, argumentando que as redações ajudaram a ocultar informações que poderiam ser prejudiciais para ele ou seus aliados. “Está tudo encobrindo coisas que Donald Trump não quer tornar públicas por qualquer motivo”, comentou.

Os documentos divulgados incluem não apenas imagens de Trump, mas também de figuras públicas como o ex-presidente Bill Clinton, e menções a celebridades como Mick Jagger e Michael Jackson. Embora as autoridades afirmassem que as redações visavam proteger as identidades das vítimas, a extensão dos apagões alimentou a desconfiança pública e a especulação em torno dos motivos por detrás das libertações.

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As críticas vieram não apenas dos democratas, mas também do próprio Partido Republicano de Trump. O representante Thomas Massey expressou seu descontentamento com Face the Nation da CBS, argumentando que as emendas violam a intenção e a letra da lei. Ele rotulou a situação de “acobertamento seletivo” e enfatizou a necessidade de transparência, dizendo: “Não ficarei satisfeito até que os sobreviventes estejam satisfeitos”.

A controvérsia segue a resistência anterior de Trump à divulgação pública dos arquivos de Epstein. Epstein cometeu suicídio em uma prisão de Nova York em 2019, enquanto enfrentava graves acusações de tráfico sexual. Após pressão significativa do Congresso, que incluiu apelos bipartidários para a divulgação dos documentos, Trump acabou por assinar legislação obrigando a sua divulgação. O debate em curso sobre os materiais editados continua a examinar as ligações de alto perfil mantidas por Epstein, à medida que aumenta a pressão para a divulgação completa e transparente de documentos relacionados.

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