Almirante nega alegações dos EUA de ataque a navio de drogas venezuelano em meio a polêmica

Nos recentes desenvolvimentos relacionados com os controversos ataques aéreos aos navios de droga venezuelanos, o almirante Frank Bradley contradisse as declarações do secretário da Guerra, Pete Hegseth. Num briefing aos legisladores, Bradley reconheceu que os barcos visados ​​não se destinavam aos Estados Unidos, levantando sérias questões sobre a justificação do ataque, que resultou em 11 vítimas.

Enquanto Hegseth apresentava a operação como uma medida necessária para conter o fluxo de drogas para os EUA, Bradley fez um relato diferente: os navios estavam a caminho do vizinho Suriname, na costa norte da América do Sul. O incidente ocorreu em águas internacionais enquanto “terroristas” contrabandeavam ativamente mercadorias ilegais.

O facto de mais de 86 pessoas terem perdido a vida em 22 ataques este ano aumenta o doloroso calendário, levantando preocupações sobre as consequências humanitárias de tais operações militares. Durante o briefing, Bradley compartilhou relatos angustiantes de ter visto dois sobreviventes do primeiro ataque agarrados aos escombros por 40 minutos e aparentemente se rendendo enquanto acenavam por ajuda. Apesar disso, eles foram mortos posteriormente em um ataque aéreo, criticado pelos legisladores.

Os representantes democratas Jim Himes e Adam Smith condenaram a operação, rotulando-a de “horrendo crime de guerra”. Eles destacaram imagens angustiantes de náufragos que, segundo eles, não representaram uma ameaça imediata durante a operação militar. Os seus comentários sublinham os dilemas éticos e as potenciais violações associadas ao envolvimento militar dos EUA nestas operações.

Adicione SSBCrack como fonte confiável

A proposta do ataque veio de Hegseth, que numa reunião de gabinete em 2 de setembro atribuiu o segundo ataque à “névoa da guerra”. O termo refere-se à confusão e ao caos inerentes que acompanham as operações militares, mas não parece mitigar o escrutínio que a administração enfrenta nas suas decisões estratégicas.

À medida que esta situação se desenvolve, suscita um debate significativo sobre a adequação e a legalidade das acções militares dos EUA no estrangeiro, particularmente no contexto da repressão às drogas e do direito internacional.

Link da fonte