A Venezuela condenou veementemente a recente apreensão de um petroleiro pelas forças dos EUA, qualificando a ação de “roubo e sequestro”. A resposta segue-se ao anúncio da secretária de Segurança Interna, Kristy Nomine, sobre a apreensão do navio-tanque na costa da Venezuela. O incidente é a segunda vez em duas semanas que as forças dos EUA interceptam um navio na rota estratégica de navegação.
Numa declaração forte e desafiadora, a vice-presidente venezuelana Delsey Rodríguez declarou que tais ações não ficarão impunes, afirmando que os responsáveis por estes “incidentes graves” enfrentarão justiça e responsabilização pelas suas ações. Rodriguez enfatizou a importância do direito internacional e da soberania nacional em seus comentários compartilhados nas redes sociais.
O anúncio do governo dos EUA é acompanhado por imagens de ação militar. Segundo Norm, a Guarda Costeira dos EUA, auxiliada pelo Departamento de Guerra, apreendeu o último navio-tanque atracado em águas venezuelanas. Alegaram que o navio estava envolvido na “movimentação ilegal de petróleo não licenciado”, atividades essas que contribuem para o financiamento do narcoterrorismo na região. “Os Estados Unidos continuarão a perseguir este movimento ilegal e a encontrar e deter os responsáveis”, alertou.
A postura militar reforçada surge num contexto de tensões crescentes entre os EUA e a Venezuela, com o Presidente Donald Trump a sugerir que uma opção militar não pode ser descartada. Em 18 de Dezembro, Trump indicou que não iria procurar autorização do Congresso para uma acção militar contra a Venezuela, levantando o alarme sobre a legalidade de tais esforços militares, especialmente tendo em conta as disposições da Constituição dos EUA que nomeiam o Congresso como o órgão com o poder de declarar guerra.
A retórica de ambos os lados reflecte um conflito mais amplo e crescente que tem implicações significativas para a estabilidade regional e as relações internacionais. O governo venezuelano criticou repetidamente o governo venezuelano como uma violação da sua soberania, enquanto as autoridades dos EUA argumentaram que as suas ações são necessárias para combater atividades ilegais ligadas ao governo venezuelano. À medida que os canais diplomáticos parecem tensos, a situação está repleta de incerteza e de potencial para novos conflitos.




