Mais uma vitória, mas não foi outra. Um clássico nunca é. Menos ainda se os anteriores dispararam alarmes. Por causa das quatro derrotas para o Flick no ano passado. Por causa dos deslizes contra PSG e Atleti. Por causa daquele burburinho que acalma a sequência triunfante (agora são 12 vitórias em 13 jogos). Aquela sensação de que o clube branco tinha esquecido como ser grande contra os grandes. Mas ele se lembrou. E Xabi Alonso resumiu assim:Havíamos conversado sobre isso, como era importante. Não só pelos três pontos, mas pelo que uma vitória pode significar, valeu a pena.” Porque valeu. O Real Madrid mereceu. Ainda mais (em gols esperados: 3.6-1.03). S Para Xabi não foi uma vitória, mas várias.
Aí, Judas.
Pequenos triunfos para solidificar a base do seu método. Começando com a última tarefa pendente: Bellingham. Já fazia muito tempo que Jude não era tão Jude. Onipresente. Básico nas linhas de ligação, ágil nas curvas e capacitando os companheiros com seu talento. Definitivo num país hostil, com essa capacidade de ser e ser visto.

Ele cozinhou o primeiro, com passe impressionante para Mbappé. Ele marcou o segundo, com seu instinto assassino; e forçou o pênalti que Kylian perdeu. Na frente do Guler, atrás do Bappé e do Vinicius. E ainda assim, com liberdade. Então é decisivo. Aí, Judas.
Ação, reação, intervenção
Na verdade, uma das chaves contra o Barça foi a movimentação do próprio Bellingham durante o duelo. Começou pela direita, sem muita repercussão, mas Xabi fez jogadas. Resultado: Jude mais focado e Kamavinga numa estranha posição de “falso extremo” na ala direita. Um movimento que surpreendeu Flick/Sorg e… Cama. “Novo local desbloqueado, extrema direita”ele brincou.
Nova posição desbloqueada, ponta direita
—Eduardo Camavinga (@Camavinga) 26 de outubro de 2025
Um cocktail que, aliado à presença de Valverde no terreno adversário, rendeu dividendos. O francês abriu o campo e teve capacidade de combinar com o inglês ao rebater para dentro. Amém para Ajude Valverde de amarelo nas tarefas administrativas. E isso permitiu que ela Falcão ter presença em pista dois. Uma decisão que foi fundamental para orquestrar o primeiro gol. Ação, reação e intervenção.
Pressão
Outro triunfo é o zagueiro. Impulsionado pela pressão. E em geral e depois de uma perda. Isso permitiu ao Real Madrid, por exemplo, dominar o Barça sem dominar. Perder a posse (31,5%-68,5%), para ganhar em todo o resto. Principalmente no primeiro tempo onde apresentou um Barça horizontal, sem ideias e com problemas para resolver aquelas primeiras mordidas.
O reflexo de uma época onde, por vezes, faltou fluidez, mas onde a robustez aumentou muito. A melhoria nos rebotes (de 69,3 por jogo para 70,2), rebotes do meio adversário (de 24,4 para 28,7), rebotes do terço final (de 4,2 para 5,1) e, o mais importante, recuperação rápida após derrota (de 28,8 para 32,8)é tangível. E o Barça conseguiu.
Güler, Tchouameni… Mbappé
Que Bape é diferente é uma realidade. Que ele próprio tem muito a ver com os seus 16 gols em 13 jogos. Mas ao Chubby o que pertence ao Chubby. Ele deu-lhe as rédeas, as listras, deixou-o entender que ele é o líder. Confira aquela mudança da marca do pênalti que não é mais assim. E esse foi o par para todo o resto. Uma melhoria individual que não é um oásis dentro do grupo.

Ver Guler. De ator de ensino superior com Ancelotti a conseguir o primeiro dia a dia. Às vezes é um problema quando Bellingham está fora. Agora ela quer crescer de baixo para cima para poder viver com Jude. Mas sempre em campo. Transferir três gols, cinco assistências e ele é diferente. Não no El Clasico, onde um erro precoce deu ao Barça o empate e o atrapalhou, mas no geral. UM “Mistura entre Guti e Özil”.
O Tchouamenique estava em ascensão desde os apitos contra o Celta no Santiago Bernabéu, mas deu mais um passo. Agora quase tudo são flautas. Duelista talentoso, só sua presença faz toda a diferença. E está aprimorando alguns aspectos, como melhorar sua capacidade de defesa recuada. Xabi o entende e, por exemplo, no Clássico ele tirou as funções com a bolaembora tenha feito alguns passes de qualidade (num deles deixou Huijsen sozinho contra Szceszny). E isso fez com que crescesse a expectativa e o estado de alerta para o esforço do Barça no final.
Personalidade
E finalmente, personalidade. Se a decisão de retirar Vinicius da equação foi acertada ou não, dependerá de para quem você perguntar. Mas a realidade é que, se Chubby sente que uma tecla precisa ser tocada, ele a toca. É assim. A mudança surpreendeu o próprio Vinnie, que ficou furiosomas onde o treinador manda, o jogador não. E enquanto o camisa 7 gritava para o céu e se dirigia para o vestiário, Chubby olhou para frente. Apático. Agora, Tolosarra terá que apagar essa chama: “Vamos conversar sobre isso”. Tudo na hora certa.

Notícias relacionadas
Tal como acontece com a personalidade que ele conseguiu o retorno de Bellingham. Ele conquistou o título muito cedo, no clássico, e aprendeu com o erro. Mudança contra o Kairat, mudança contra o Villarreal. Uma reinicialização para consertar, em vez de dar chute frente. Pequenas decisões, que se transformaram em pequenos triunfos. E tudo faz sentido com um enorme, o do Clássico.
Suas opiniões são importantes! Comente artigos e assine nossos artigos gratuitamente circular e nos avisos informativos em Aplicativo ou o canal WhatsApp. Quer licenciar conteúdo? clique aqui






