Putin deu a entender que retomará os testes nucleares se os EUA seguirem o exemplo

Numa declaração provocativa numa recente reunião do Conselho de Segurança em Moscovo, o Presidente Vladimir Putin sinalizou que a Rússia reactivaria o seu programa de testes nucleares se os Estados Unidos avançassem com medidas semelhantes. O comentário surge pouco depois do anúncio do presidente dos EUA, Donald Trump, de que os Estados Unidos pretendem retomar os testes nucleares, uma mudança significativa na política nuclear que suscitou suspeitas a nível internacional.

As observações de Putin incluíram a superioridade das capacidades de dissuasão nuclear da Rússia, afirmando que estão num “nível mais elevado” do que qualquer outra potência nuclear. A afirmação reflecte as tensões que existem na política nuclear global, especialmente enquanto os dois líderes navegam no delicado cenário da segurança e defesa internacionais.

Como medida adicional para avaliar a evolução na frente nuclear global, Putin encarregou os seus ministérios da defesa, dos Negócios Estrangeiros e dos serviços de segurança de recolher informações sobre as actividades de testes nucleares de outros países. Esta proposta indica a abordagem estratégica da Rússia, que provavelmente permanecerá informada e desenvolverá contramedidas contra quaisquer ameaças.

Historicamente, os testes nucleares têm sido uma questão controversa, especialmente no século XXI. A Coreia do Norte é a única nação a realizar um teste nuclear em grande escala durante este período, tendo a sua última explosão ocorrido em 2017. Em contraste, quando a Rússia realizou testes, caracterizou-os como variantes de baixo rendimento em vez de explosões nucleares completas, posicionando-os como parte de uma demonstração de prontidão militar.

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Na sua própria declaração, o Presidente Trump citou testes nucleares realizados por vários países, incluindo Paquistão, Coreia do Norte, China e Rússia. Ele afirmou uma espécie de mentalidade competitiva em torno dos testes nucleares, sugerindo que os Estados Unidos deveriam responder na mesma moeda quando outros países conduzissem testes. “Não, vamos testar porque eles testam e outros testam”, afirmou Trump, explicando a natureza secreta destes testes, que muitas vezes são realizados clandestinamente e complicam a sensibilização e supervisão internacional.

A evolução da retórica e das posturas militares de ambos os lados aumenta a perspectiva de tensões nucleares, desencadeando o debate entre os líderes mundiais sobre as implicações da renovação dos testes nucleares e do estado frágil dos acordos de controlo de armas. Com a observação atenta da comunidade internacional, os desenvolvimentos poderão mudar a dinâmica da segurança global e das parcerias estratégicas.

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