Montadoras podem interromper a produção no Brasil se a crise dos chips persistir, diz autoridade do governo

Algumas montadoras podem interromper as operações no Brasil dentro de duas a três semanas se a crise global no fornecimento de chips continuar, disse uma autoridade, acrescentando que o governo brasileiro está em contato com as autoridades chinesas para encontrar uma solução.

Ullas Moreira, secretário do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços do Brasil, não disse quais montadoras da maior economia da América Latina seriam atingidas primeiro pela crise global, que se deve a uma disputa entre a China e a Holanda sobre a fabricante de chips Nexperia.

“Se não houver solução neste curto período, em duas ou três semanas, pode haver fechamento de algumas montadoras”, disse Moreira a repórteres após reunião com a Anfavia, presidente da Associação Brasileira das Montadoras.

O vice-presidente brasileiro Geraldo Alcmin, que também é chefe do Ministério, participou da reunião.

O governo holandês assumiu o controle da Nexperia, que fabrica chips para carros e eletrônicos de consumo, em setembro, citando preocupações sobre uma potencial transferência de tecnologia para a controladora chinesa da empresa, Wingtech.


Em resposta, o governo chinês proibiu a Nexperia de exportar produtos da China. Embora a maioria dos chips da empresa seja fabricada na Europa, cerca de 70% são embalados na China antes da distribuição. Moreira disse que Alcmin entrou em contato com o embaixador do Brasil na China e com o embaixador da China no Brasil para iniciar discussões sobre o assunto, uma vez que o setor privado local solicita diálogo entre as partes.

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