A tribo Cheyenne do Norte enfrenta uma crise de liderança em meio a eleições e prisões controversas

Uma disputa de longa data dentro da tribo Cheyenne do norte aumentou, levantando questões importantes sobre liderança e governação à medida que uma eleição controversa se aproxima. As eleições, marcadas para 30 de Outubro, estão sob escrutínio devido à exclusão de candidatas mulheres, complicando ainda mais uma situação já volátil.

O conflito surgiu na primavera passada, quando o presidente tribal, Gene Small, que fez campanha numa plataforma de transparência, lançou uma auditoria à forma como o conselho tribal lida com os seus fundos de ajuda à COVID-19. Após a tensa votação que autorizou a auditoria, as tensões aumentaram dentro do governo tribal. O conselho votou pela remoção de Small em 11 de setembro, citando violações constitucionais – uma reclamação feita por Small e dois membros do conselho que ficaram do lado dele.

No mesmo dia em que Small foi destituído, um grupo de líderes tradicionais, conhecidos como chefes, emitiu uma declaração apelando à destituição dos oito membros do conselho que votaram a favor da destituição de Small. Nomearam então oito membros temporários do conselho, enquanto o conselho original continuou a consolidar o seu poder, criando uma confusa luta pelo poder.

O Bureau of Indian Affairs deixou claro que não iria intervir, deixando a tribo sem um árbitro externo para ajudar a resolver a disputa. Como resultado, cresceu a confusão dentro da comunidade sobre quem estava realmente no comando.

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As tensões aumentaram em 8 de outubro com a prisão de vários membros do conselho. As prisões envolvem membros do conselho que se opõem a Small.

Para aumentar o caos, o Conselho Provisório aprovou uma eleição especial que excluiu efectivamente as mulheres da candidatura a cargos públicos, levantando preocupações significativas em matéria de direitos civis. A eleição, que é apoiada pelos chefes, visa estabilizar a governação, mas impõe critérios de elegibilidade rigorosos, incluindo a proibição de candidatura de mulheres, o aumento da idade mínima dos candidatos de 21 para 30 anos e a exclusão de antigos membros do conselho.

Os críticos, incluindo a vereadora Melissa Lonbeare, classificaram as leis eleitorais como uma violação dos direitos civis, especialmente porque menos de 40% das tribos inscritas vivem em reservas. Em 2020, a tribo elegeu cinco mulheres para cargos de conselho e uma mulher para presidente e vice-presidente.

O membro do conselho, Nishoni Fries, expressou incerteza sobre a participação da comunidade nas próximas eleições, observando a percepção generalizada de que lhe falta legitimidade. No entanto, Small defendeu a eleição como uma medida legal e tradicional para restaurar a ordem.

Desenvolvimentos recentes resultaram no congelamento de contas bancárias tribais e membros do conselho relataram dificuldades no acesso a fundos essenciais. Esta instabilidade financeira levantou o alarme sobre o impacto potencial no financiamento federal necessário para manter serviços e programas que beneficiam os membros tribais.

Depois que o Bureau de Assuntos Indígenas se retirou da situação, o Presidente Small e o Conselho foram a tribunal para obter reparação. Small apresentou uma moção para uma sentença declaratória para confirmar a sua posição como presidente, enquanto o conselho apresentou uma queixa para definir a sua autoridade sobre os chefes. A decisão do tribunal desempenhará um papel crucial no esclarecimento da crise de governação que deixou a sociedade no limbo.

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