Pablo Bustinduy, Ministro dos Direitos Sociais, Consumo e Agenda 2030, acusou o PP de se recusar a cooperar com o governo na sequência da crise de rastreio do cancro da mama na Andaluzia, na sequência do boicote dos vereadores locais ao Conselho Interterritorial de Saúde.
Em entrevista ao canal ‘La hora de la 1’ da TVE obtida pela Europa Press, o ministro de Sumerin, Alberto Núñez, atacou o partido de Feijó por “se levantar e ir embora” e por “táticas para evitar que os detalhes da verdade fossem conhecidos”.
“A única coisa que conseguem é que cada vez mais pessoas se perguntem o que estão a tentar esconder”, alertou os vereadores do PP, lamentando a recusa do governo andaluz em fornecer à saúde dados sobre quantas mulheres podem ter sido afetadas por falhas nas mamografias.
Neste sentido, Bustinduy defendeu que o governo central “já mobilizou todas as ferramentas” para coordenar a resposta pós-crise, razão pela qual lamenta a “resposta única” de “negar a realidade, esconder dados e atacar quem denuncia”.
Além disso, garantiu que o executivo não só já ofereceu assistência à Andaluzia e outras comunidades do PP, como já tentou mobilizar todas as ferramentas disponíveis do governo central “para partilhar com precisão a informação e coordenar a resposta”.
“Então qual foi a solução? Qual foi a resposta? Levante-se da mesa e vá embora. Recuse-se a cooperar e a cooperar”, lamentou, acrescentando que a mensagem que a situação transmite é que o interesse público não prevalecerá sobre os interesses partidários.
Luz e estenografias
O ministro de Sumerin mostrou-se disposto a realizar uma auditoria interna e externa porque acredita que “a primeira coisa necessária para resolver o problema é luz e estenógrafos”. No entanto, afirmou que isto tem origem na “deterioração dos serviços públicos”.
“O problema básico é a degradação dos serviços públicos e o abandono dos sistemas públicos de saúde. É deliberado”, continuou na sua explicação.
Bustinduy argumentou que isso foi feito porque “os cuidados primários funcionam mal e os sistemas de saúde pública funcionam mal, e há mais oportunidades de negócios para a saúde privada”.








