Durante uma recente reunião com o primeiro-ministro australiano, Anthony Albanese, na Casa Branca, o presidente Donald Trump discutiu o conflito em curso na Ucrânia, afirmando que o país “ainda pode vencer” a guerra contra a Rússia. No entanto, ele foi rápido em expressar suas dúvidas e acrescentou que não acreditava que houvesse qualquer chance de sucesso. Os seus comentários seguiram-se a comentários anteriores nas Nações Unidas, nos quais sugeriu que Kiev tinha uma oportunidade de derrotar as forças de Vladimir Putin.
Quando pressionado a esclarecer as suas declarações anteriores, Trump insistiu que os seus comentários tinham sido mal interpretados. “A guerra é uma coisa estranha”, observou ele, acrescentando: “Nunca disse que eles iriam vencê-la, disse que poderiam, e tudo poderia acontecer”. Esta diferença subtil realça a natureza imprevisível da guerra.
A reunião centrou-se não apenas no conflito na Ucrânia. Trump e Albanese assinaram um acordo histórico que visa promover a cooperação em sectores críticos de minerais e defesa, sinalizando um fortalecimento dos laços EUA-Austrália, apesar dos vários desafios globais.
Entretanto, o presidente ucraniano, Volodymyr Zelenskyy, continua a defender um maior apoio dos Estados Unidos. Numa entrevista recente à NBC News, ele apelou a Trump para colocar “mais pressão” sobre Putin, comparando o líder russo a alguém “mais poderoso que o Hamas”. Zelensky esperava entregar mísseis Tomahawk de longo alcance que pudessem atingir profundamente o território russo. Embora Trump não tenha descartado este apoio militar, ele permanece evasivo após sua reunião com Zelenskiy, que descreveu as negociações como tendo atingido um “pico tenso”.
Num outro desenvolvimento, Trump revelou planos de se reunir com Putin em Budapeste para conversações destinadas à paz na Ucrânia. No entanto, Zelensky não foi convidado para estas conversações. Ele expressou decepção com a exclusão e questionou como poderiam ser alcançados acordos equitativos sem o envolvimento direto da Ucrânia. “Se queremos uma paz real e duradoura, precisamos de ambos os lados desta tragédia”, afirmou, sublinhando a importância da participação ucraniana no processo de paz.






