Antônio: “Favela é meu combustível”

Antônio Matheus dos Santos (São Paulo, 2000) está onde quer estar. O longo verão evitou seus pesadelos até que o levou de volta ao Betis, clube onde voltou a sorrir e onde diz aproveitar. O brasileiro assinou pelo grupo verde e branco após Uma negociação sem fim E depois de viver uma missão anterior feita por uma das grandes atrações da liga. Nesta entrevista com Como um diáriorelata os momentos básicos deste último verão, sua mídia e saídas Como isso é baseado em seu passado Desenhar as linhas do futuro e a sua visão para esta betis que pretende ser muito mais do que é.

Como você se sente depois de voltar ao Betis?

-Estou muito feliz por estar de volta. É a decisão que eu queria, a que minha esposa também queria.

Foi um verão difícil.

-Foi muito difícil, mas quando passo por essas coisas na vida, sempre lembro das coisas mais difíceis que passei na Favela, por exemplo. É preciso ser persistente, fiz meu trabalho para me preparar para esse momento.

Você já pensou que isso não aconteceria?

-O final eu pensei, claro que foi um pouco assustador não poder vir aqui. Era o clube que eu queria estar. Por mais difícil que tenha sido, no final estou aqui e estou muito feliz.

Ele fala muito sobre seu passado e sobre a Favela. O que isso significa na sua carreira?

-Sempre falo sobre isso porque passei por muita coisa lá. Aprendi muito, “Favela” está sempre escrito na minha bota e é algo que gosto. Só eu e minha família sabemos o que estávamos passando lá na Favela. Nas férias vou ver os meus amigos, é como um combustível, quando estou lá sinto-me como o Antonius quando criança e é uma ligação que nunca quero perder.

Quando você soube que aquele era o seu lugar?

-A primeira vez que vim aqui fiquei muito feliz e senti que queria estar em Sevilha. Embora tenham se passado quatro ou cinco meses, me senti em casa desde o primeiro dia. A escolha do Bétis foi sempre a primeira.

Houve muitas ofertas de outros clubes no verão. Baviera…

-As boas sugestões vieram, muitas de palestras e não com sugestões reais. Eu sabia o quanto era importante para mim estar no Betis.

E o Atlético de Madrid?

-Atlético e outros clubes… mas não superou a conversa. A proposta oficial que recebi do Betis é a que assinei e o que queria. Os demais não foram além da discussão.

O Betis promete que tudo daria certo?

-Eu sabia que o Betis faria todo o possível. Muito obrigado a todos, Ramón, Álvaro, Manu… lutaram muito para que eu estivesse aqui. Eu sei que eles deram 100% do esforço do clube para estar aqui.

40 dias em um hotel…

-Na persistência… lá não trabalhei para ninguém, só para mim. Tinha que estar bem. Eu estava com meu pai e também tinha amigos como Matheus Cunha (atacante brasileiro contratado neste verão vindo do United), que joga lá. Agora me sinto muito mais forte, tem coisas que ficaram no passado.

O que eles disseram a ele?

-Matheus Cunha queria jogar lá com ele, mas a situação já estava muito difícil. Eu tenho muito amor por ele.

E amama?

-Não conversei muito com o Rúben Amorim, não houve muito contacto. Aí está a decisão dele de treinar separadamente. Mas você tinha que respeitar isso. Hoje estou bem, me cuidei bem com os treinos, mesmo estando separado. Depois de três meses, joguei 90 minutos e esta é a resposta para o que estava fazendo.

Que peso tem Pellegrini na sua existência aqui?

-Todos os jogadores têm um bom relacionamento com Pellegrini. Ele é um grande treinador, conhecemos a história que ele tem. É como papai, todo mundo. É importante ter um treinador que fale com todos. Quando isso acontecer, é inevitável que iremos a campo matá-lo. Vale a pena tudo isso.

O contrato termina neste verão …

-É uma decisão do clube e do treinador. Queremos estar aqui, mas eles têm que decidir. No armário não falamos sobre isso, estamos cada vez mais juntos e somos uma família. O resto é decisão deles.

Antônio de Triana. Falam até de uma estrada no futuro…

-Recebo todo meu carinho da Triana, minha apresentação foi um dia muito especial. Com certeza voltarei lá. Uma estrada? Não vi nada sobre isso, mas agradeço todo o amor que você me dá.

Você está pensando na seleção brasileira?

-Colocar a camisa da seleção é sempre um sonho e é importante. Joguei uma Copa do Mundo e sonho voltar a jogar em outra. Trabalho muito, vou continuar fazendo porque é um sonho voltar.

Você está falando com Ancelotti?

-Ancelotti conversa com todo mundo, é um treinador muito bom e uma ótima pessoa. Acho que as coisas vão acabar muito bem.

Vinicius, Martinelli, Rodrygo… A concorrência é alta.

-Há grandes jogadores no ataque, mas também havia grandes jogadores quando fui para a Copa do Mundo. Não será diferente, todos devemos estar ao mais alto nível. Existem grandes jogadores.

Mas a escolha não acabou de melhorar nos últimos anos.

-Acho que agora será diferente. O Ancelotti esteve lá três ou quatro meses, cada um se adapta ao estilo. Mas a seleção brasileira é a maior.

O que você acha de toda a disputa com Vinicius e do racismo?

-Estou cem por cento acima do racismo. Eu não gosto dessas coisas, a família já passou por isso…

Existe na Espanha?

-Acho que existem em todos os lugares. Já aconteceu aqui com o Vini e todos viram.

Quais jogadores foram referências na sua carreira?

-Ronaldinho e Neymar são referências para mim… depois joguei com o Cristiano Ronaldo e gosto do Messi.

Tem semelhanças com Cristiano Ronaldo…

-Não sei… tem coisas que gosto de aprender. Brinquei com ele e aprendi muito. É um dos melhores, com muitos prêmios Bola de Ouro, como Messi. E Neymar me parece o mais talentoso que já vi.

Ela ainda tem 25 anos. Você está pensando em Ballon d’O ou?

-São consequências da vida, não penso na Bola de Ouro agora. Estou pensando em ficar bem, fazer as coisas com calma. Mas não é impossível, é preciso sempre sonhar grande.

Antônio:
Antonios, durante sua entrevista ao AS.Tony Rodrigues

Você já viu o melhor Antonius do Betis?

-Tenho muito que melhorar, sou uma pessoa muito trabalhadora e quero dar cem por cento… A melhor versão chegará lá com o betis nas batalhas de topo.

Localizado em campeões …

-É um sonho, já foi na temporada passada. Mas são muitos jogos, começou agora e temos que continuar somando pontos.

A equipe está melhor?

-Acho que sim, que temos uma equipe mais preparada este ano e por isso acho que estaremos lá.

E tem isco…

-Falei com o Isco esta semana… Quando estive na Inglaterra ele escreveu que me disse que estava me esperando. E agora digo a ele que estou esperando por ele. Todos sabemos o quanto isso é importante, como capitão e como jogador e para tudo. Espero que seja em breve.

O alvo da Liga Europa?

-Temos que lutar pelas competições que disputamos, mas não podemos falar em ser campeões em tudo. Você deve ter humildade e continuar trabalhando.

Pablo García chama muita atenção. O que você acha?

-Tem um grande potencial. Às vezes ele conversa com ele, merece mais oportunidades porque trabalha muito e está muito bem com a seleção e conosco. Quando tenho oportunidade de conversar muito com ele. Existem jogadores com muitas possibilidades nas camadas jovens do Betis, mas é preciso ter calma com eles.

Você acha que esses 95 milhões foram um atrativo na sua carreira?

-Não. Também aconteceram coisas que também eram de minha responsabilidade. Há coisas que as pessoas não sabem que não veem. Não passei apenas por maus momentos em Manchester, também houve bons títulos e conquistas. É mais uma experiência da minha vida.

Está melhor agora?

-Me sinto muito mais preparado, as coisas ruins que passei na Inglaterra me melhoraram muito. Agora me cuido muito mais mentalmente porque sei que quando estou de bom humor as coisas me fazem bem.

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