A Frontera Energy Corporation celebrou um acordo comercial e de pré-pagamento de US$ 120 milhões com a Chevron Products por meio de sua subsidiária na Colômbia, substituindo um acordo existente que está programado para ser fechado no início de 2026.
Segundo o acordo, Frontera receberá um adiantamento inicial de 80 milhões de dólares e comprometerá parte da sua produção colombiana de petróleo bruto à Chevron por um período de dois anos. A empresa também tem a opção de sacar um adiantamento adicional de US$ 40 milhões por até seis meses, com base totalmente comprometida.
O pré-pagamento acarreta um custo de financiamento vinculado à Taxa de Financiamento Overnight Garantida (SOFR) mais 4,25% ao ano, com reembolso a partir de um período de carência de seis meses. Frontera afirmou que os recursos serão utilizados para administrar os fluxos de capital de giro e fortalecer a liquidez.
Os acordos de pagamento antecipado de petróleo bruto tornaram-se uma ferramenta de financiamento cada vez mais importante para os produtores intermediários e upstream que operam em mercados emergentes, especialmente na América Latina, onde o acesso ao capital de baixo custo pode ser limitado pelo risco político, pela incerteza regulatória e pelos preços voláteis das commodities.
Para Frontera, a transação proporciona flexibilidade de balanço a curto prazo sem emitir capital ou assumir dívida bancária convencional, garantindo ao mesmo tempo um escoamento estável para parte da sua produção. Estruturas semelhantes são amplamente utilizadas pelas empresas petrolíferas nacionais e pelos produtores independentes na Colômbia, no Brasil e no Equador para suavizar os fluxos de caixa e financiar as operações em curso.
A substituição do acordo de pagamento antecipado existente da Frontera no final de Janeiro de 2026 também indica confiança contínua por parte da Chevron no perfil de produção da empresa e na estabilidade operacional da empresa na Colômbia, apesar das discussões em curso sobre a política de hidrocarbonetos sob o governo de esquerda do país.
A Chevron, entretanto, está a garantir um fornecimento fiável de petróleo bruto de um produtor diversificado na América Latina, numa altura em que a concorrência por barris médios e pesados permanece forte, particularmente nos mercados da bacia do Atlântico.
A Frontera opera um portfólio diversificado na Colômbia e na Guiana, com direitos em 20 blocos de exploração e produção, bem como oleodutos e infraestrutura portuária. Embora a Colômbia continue a ser a sua principal região de produção, a empresa está a trabalhar para preservar a liquidez e a resiliência operacional face às flutuações dos preços do petróleo e à evolução dos quadros fiscais e ambientais.
Por Charles Kennedy para Oilprice.com
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