O final de 2025 traz uma profunda reestruturação das finanças das famílias peruanas nas contas de água potável. Sunass oficializou através do jornal El Peruano as novas decisões que irão alterar a estrutura tarifária dos principais prestadores do país. Sedapal (Lima e Callao), Sedapper (Arequipa) e Sedalib (La Libertad). Esta medida dá resposta ao Decreto Legislativo n.º 1620, que afetará mais de 2,8 milhões de utentes só na capital, o que altera de imediato a forma de faturação do consumo de água e águas residuais, com efeitos a partir do próximo projeto de lei em 2026.
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Quais são as razões para o aumento das contas de água?
Segundo Sunasin, este ajustamento tarifário não é um aumento unilateral, mas sim um “reequilíbrio” necessário para garantir que os prestadores de serviços possam cobrir os seus custos operacionais e financiar investimentos de emergência. Um objectivo central é alcançar um equilíbrio económico que permita a continuidade do serviço e a melhoria da qualidade da água. No entanto, a medida suscitou críticas de vários sectores sociais e políticos, com muitos sectores ainda a questionar o aumento devido a relatos de escassez no abastecimento e má qualidade dos recursos hídricos.
A aplicação desses novos valores será automática e constará no próximo recibo recebido pelos usuários após a publicação da regra. Além do preço do metro cúbico utilizado, o valor fixo mensal é revisto em função da inflação. Desta forma, a tarifa básica a ser paga por cada usuário independente de seu consumo foi fixada em S/ 6,32 para Sedapal, S/ 3,71 para Sedapar e S/ 4,82 para Sedalib, estabelecendo um novo piso mínimo de faturamento.
Qual é o novo esquema de cobrança em Lima e Kallow?
Em Lima e Callao, o sistema tarifário visa penalizar o consumo excessivo através de trechos estagnados. Para usuários domésticos, a unidade custará S/ 2,20 por unidade para os primeiros 10 metros cúbicos m3, mas esse preço aumentará para S/ 7,32 para cada metro cúbico adicional para aqueles que excederem 50 m3 por mês. Por seu lado, os sectores industrial e comercial enfrentarão as taxas mais elevadas, pagando até S/ 9,46 por m3, enquanto as famílias mais vulneráveis serão protegidas por uma taxa social de S/ 1,92.
Qual será o impacto nas áreas onde a Sedapar e a Sedalib estão presentes?
A situação em Arequipa e La Libertad varia dependendo da área geográfica e do nível de oferta. Em Arequipa, sob a gestão da Sedaparin, a tarifa doméstica básica é fixada em S/ 1,21 para os primeiros 10 m3, enquanto em Trujillo e outras cidades de La Libertad atendidas pela Sedalib, o custo inicial será de S/ 2,42 para 8 m3. É importante destacar que estas áreas têm taxas diferenciadas para locais específicos como El Pedregal ou Chepen, ajustando o custo à realidade económica local.
Um ponto crítico dos novos regulamentos é a ênfase na micromedição. A Sunass estabeleceu que os usuários que se opuserem à instalação de hidrômetros duplicarão imediatamente sua dotação mensal de consumo. Esta medida procura reduzir o desperdício de recursos, sendo que se a recusa se prolongar por mais de dois meses, as empresas ficam habilitadas a desligar o serviço, obrigando-as a formalizar o consumo efetivo de cada artigo.






