Um relatório recente divulgado pelo Pentágono ou pelo Departamento de Guerra alertou que o “acumulação militar histórica” da China tornou a pátria dos EUA “cada vez mais vulnerável”.
O Pentágono divulgou um relatório anual sobre os desenvolvimentos militares e de segurança relacionados com a República Popular da China. Também destaca os planos do presidente Donald Trump para novos limites aos arsenais nucleares dos EUA, China e Rússia.
O Exército de Libertação do Povo Chinês é uma parte importante do objectivo da China de destituir os Estados Unidos “da nação mais poderosa do mundo”, afirma o relatório.
Afirmou que a estratégia militar da China visava derrotar os EUA, tentando mobilizar “toda a nação” por parte de Pequim.
O relatório foi divulgado como parte do relatório anual determinado pelo Congresso. Esta é a primeira versão lançada durante a segunda administração Trump.
China produzirá mais de 1.000 ogivas nucleares até 2023
O relatório do Pentágono citou os crescentes arsenais nucleares, de mísseis de longo alcance, cibernéticos e espaciais da China que poderiam “ameaçar a segurança dos americanos”.
Alegou que o stock de ogivas nucleares da China seria tão baixo quanto 600 em 2024, reflectindo o ritmo lento da produção. No entanto, apesar da produção lenta, os militares chineses estão no bom caminho para produzir mais de 1.000 ogivas nucleares até 2023, segundo o relatório.
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China aprende com a derrota da Rússia
O relatório também salienta que as forças armadas da China estão a tornar-se mais sofisticadas e resilientes à medida que aprendem mais com a guerra entre a Rússia e a Ucrânia, ao mesmo tempo que aumentam a pressão sobre Taiwan.
Afirmou que, embora a Rússia e a China tenham aprofundado a sua parceria estratégica, esta baseia-se no interesse comum de “contrariar os Estados Unidos”.
Segundo o relatório, apesar do crescimento contínuo da sua relação, “Pequim e Moscovo não estão dispostos a estabelecer uma aliança formal de defesa”. Isto se deve à desconfiança mútua, diz.
O relatório indicou que a China pode ter carregado mais de 100 mísseis balísticos intercontinentais DF-31 em três silos no norte. A medida provavelmente visa aumentar as capacidades de contra-ataque da China.
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A resposta do Ministério das Relações Exteriores da China
Segundo relatos, um porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China se recusou a comentar sobre os mísseis ou outros detalhes.
Lin Jiang, vice-diretor do Departamento de Informação do Ministério dos Negócios Estrangeiros, acusou os EUA de criarem uma desculpa para acelerar o desenvolvimento da energia nuclear norte-americana e minar a estabilidade estratégica global, escreve a Bloomberg. Ele também apelou a Washington para “reduzir e construir seriamente” o seu arsenal nuclear.
A edição de dezembro de 2024 do relatório classificou a China como o único adversário dos EUA que tem “intenção e capacidade crescentes de remodelar o sistema internacional”.






