O ministro Alexandre de Moraes aprovou o pedido do ex-presidente para ser libertado da prisão para tratamento de uma hérnia.
Publicado em 23 de dezembro de 2025
O Supremo Tribunal Federal do Brasil aprovou o pedido do ex-presidente Jair Bolsonaro para ser temporariamente libertado da prisão para um procedimento médico no final desta semana.
Bolsonaro, que cumpre pena de 27 anos de prisão por seu papel na trama golpista, pode ser submetido a uma cirurgia de hérnia na quinta-feira, disse o ministro Alexandre de Moraes na terça-feira.
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Os advogados de Bolsonaro solicitaram que ele fosse transferido para o Hospital DF Star, na capital Brasília, para exame médico na quarta-feira e cirurgia no dia seguinte. Os médicos disseram que a hérnia estava causando dor em ambos os lados da virilha.
O ex-presidente foi hospitalizado e passou por uma série de procedimentos médicos após ser esfaqueado no estômago durante um evento de campanha em 2018. Sua visita ao hospital foi a primeira vez que saiu da custódia federal desde que sua sentença começou, no final de novembro.
O tribunal ordenou que a polícia continuasse monitorando Bolsonaro “24 horas por dia”.
O líder de direita deveria falar ao canal de notícias Metropolis na terça-feira, mas cancelou a entrevista por motivos de saúde.
Desde a prisão de Bolsonaro, tem havido especulações de que seu filho mais velho, o senador Flávio Bolsonaro, poderia sucedê-lo como líder da força política do país. Poucos esperavam que Bolsonaro apoiasse a candidatura presidencial de seu filho em 2026 na entrevista de terça-feira.
Em postagem nas redes sociais, Flávio disse que seu pai adoraria dar a entrevista, mas teve que colocar “a saúde em primeiro lugar”.
“Ele será internado para cirurgia”, disse Flávio. “Alguns dias ele acorda bem, outros dias pior. Hoje pode ter sido o dia em que ele acordou mais doente.”
Bolsonaro já havia solicitado que cumprisse pena em prisão domiciliar, o que Moraes recusou. Ele está detido na sede da Polícia Federal em Brasília, onde pode se reunir com médicos e representantes legais e não tem contato com outros presos de lá, dizem as autoridades.




