As forças armadas dos EUA estão preparadas para rever os seus métodos de treino, acabando com a utilização de porcos e cabras para treinar médicos para tratar os feridos em combate. Esta mudança significativa reflecte os avanços na tecnologia de simulação que proporcionam alternativas mais eficazes e humanas para a formação de pessoal médico no campo de batalha. Um recente projeto de lei anual de defesa incluiu uma decisão de proibir exercícios de “fogo real” envolvendo animais.
O deputado republicano da Flórida, Vern Buchanan, conhecido por sua defesa dos direitos dos animais, liderou amplamente essa mudança. Ele enfatizou que a política representa um passo crítico na redução do sofrimento desnecessário dos animais nos sistemas de treinamento militar. Reafirmando o seu compromisso em acabar com práticas ultrapassadas como co-presidente do Animal Welfare Caucus, Buchanan observou que as técnicas modernas de formação podem preparar medicamentos de forma adequada sem prejudicar os animais.
Embora a proibição se concentre na utilização de animais vivos para simulações de traumas, não se estende a todas as formas de treino de animais. O Departamento de Defesa ainda permitirá métodos que envolvam o uso de animais para vários tipos de ferimentos, incluindo facadas e queimaduras, e testes de “ferimentos com armas”. Os activistas dos direitos dos animais criticaram estes métodos, embora afirmem que os animais utilizados nestes casos são geralmente anestesiados.
A Agência de Saúde de Defesa, que supervisiona a formação médica militar, reafirmou o seu compromisso em evitar modelos animais, mantendo elevados padrões de formação. A agência também mencionou a criação do Escritório de Modelagem e Simulação Médica de Defesa, que se dedica ao desenvolvimento de cenários de treinamento realistas para garantir que o pessoal médico esteja equipado para gerenciar com eficácia as lesões de combate.
Grupos de bem-estar animal, como a People for the Ethical Treatment of Animals, celebraram a mudança legislativa, alegando que salvaria milhares de animais por ano e marcaria uma transição para ferramentas de simulação modernas relevantes para os seres humanos. No entanto, a frequência do uso de animais no treino militar não é clara. Relatórios históricos indicam que esforços legislativos anteriores, incluindo o projeto de lei de defesa de 2013, procuraram reduzir a dependência de animais para treino em traumas.
Embora as semelhanças biológicas entre animais e humanos possam ter algum valor, os críticos do treino baseado em animais argumentam que a realidade do tratamento de militares feridos reais é muito diferente. Os defensores da formação baseada em simulação, incluindo o Comité de Médicos para a Medicina Responsável, argumentam que a utilização de “fatos cortados” usados por actores humanos reflecte com mais precisão a natureza caótica e urgente dos ferimentos no campo de batalha.
À medida que os militares abandonam o treino com animais vivos, o foco será no aproveitamento de tecnologia de ponta para melhorar a formação médica do pessoal militar, garantindo que estejam prontos para responder eficazmente em situações de combate.





