Preços do açúcar pressionados pela fraqueza do real brasileiro

O açúcar mundial março NY #11 (SBH26) fechou na sexta-feira em queda de -0,08 (-0,54%), e o açúcar branco março London ICE #5 (SWH26) fechou em alta de +0,40 (+0,09%).

Os preços do açúcar fecharam mistos na sexta-feira, pressionados pelo fraco real brasileiro. O real (^USDBRL) caiu para o menor nível em 7 semanas em relação ao dólar na sexta-feira, impulsionado pelas vendas de exportação dos produtores brasileiros de açúcar.

Os preços do açúcar já estavam na defensiva quando caíram para o mínimo de duas semanas na segunda-feira, em meio ao aumento da produção de açúcar na Índia. A Associação Indiana de Usinas de Açúcar (ISMA) informou na segunda-feira que a produção de açúcar indiana de outubro a novembro saltou 43% com relação ao ano anterior, para 4,11 MMT. A ISMA também informou que 428 usinas de açúcar na Índia esmagavam cana em 30 de novembro, em comparação com 376 há um ano.

A previsão para a produção de açúcar no Brasil também é pessimista em termos de preços. A Conab, agência de previsão de safra do Brasil, elevou em 4 de novembro sua estimativa de produção de açúcar no Brasil em 2025/26 para 45 milhões de toneladas, de uma previsão anterior de 44,5 milhões de toneladas. Na segunda-feira, a Unica informou que a produção de açúcar do Centro-Sul do Brasil na primeira quinzena de novembro aumentou + 8,7%, para 983 toneladas. Além disso, a produção acumulada de açúcar do Centro-Sul em 2025-26 até meados de novembro aumentou +2,1%, para 39,179 milhões de toneladas.

Na sexta-feira passada, os preços do açúcar subiram para os máximos das últimas 6 semanas devido aos receios de um aperto na oferta global. Na quarta-feira passada, a StoneX reduziu sua estimativa de produção de açúcar do Centro-Sul do Brasil para 2026/27 para 41,5 milhões de toneladas, ante a estimativa de setembro de 42,1 milhões de toneladas.

Notícias recentes de que o Ministério da Alimentação da Índia está a considerar aumentar o preço do etanol utilizado para misturar gasolina são otimistas para o açúcar, pois podem encorajar as usinas de açúcar indianas a desviar mais moagem de cana para produzir etanol em vez de açúcar, reduzindo assim a oferta de açúcar.

Os preços do açúcar têm recebido apoio desde 14 de novembro, quando o Ministério da Alimentação da Índia disse que permitiria que as usinas exportassem 1,5 milhões de toneladas de açúcar na temporada 2025/26, abaixo das estimativas anteriores de 2 milhões de toneladas. A Índia introduziu um sistema de cotas para as exportações de açúcar em 2022/23, depois que as chuvas tardias reduziram a produção e limitaram a oferta interna.

Do lado negativo do açúcar, a Organização Internacional do Açúcar (ISO) previu em 17 de Novembro um excedente de açúcar de 1,625 milhões de toneladas em 2025-26, após um défice de 2,916 milhões de toneladas em 2024-25. A ISO disse que o excedente foi impulsionado pelo aumento da produção de açúcar na Índia, Tailândia e Paquistão. Em Agosto, a ISO tinha previsto anteriormente um défice de 231.000 toneladas métricas para a campanha de comercialização de 2025-26. A ISO prevê um aumento anual de +3,2% na produção global de açúcar para 181,8 milhões de toneladas em 2025-26.

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