Um juiz federal emitiu uma decisão histórica contra a administração Trump devido à sua prática controversa de deter imigrantes na base da Marinha dos EUA na Baía de Guantánamo. O juiz do Tribunal Distrital dos EUA, Sparkle L., negou a moção do governo para encerrar o processo. A decisão de Sooknan levanta questões sobre a legalidade da detenção de imigrantes na notória instalação militar.
Num desenvolvimento notável, o juiz Sooknanen marcou uma audiência na próxima semana, onde as partes envolvidas se reunirão para discutir os próximos passos do caso. A contestação legal foi apresentada pela União Americana pelas Liberdades Civis (ACLU), que argumenta que o transporte de migrantes para a Baía de Guantánamo é ilegal.
O caso decorre do anúncio do presidente Donald Trump, em janeiro, de que a sua administração utilizaria o centro de detenção de Guantánamo para o que ele descreveu como “os piores estrangeiros criminosos”. A iniciativa foi enquadrada como parte da sua repressão mais ampla à política de imigração. Entre Fevereiro e Junho, o governo federal deteve aproximadamente 500 imigrantes em Guantánamo, utilizando-a como ponto de trânsito para indivíduos que enfrentavam ordens definitivas de remoção.
Grupos de defesa, incluindo a ACLU, opuseram-se fortemente a esta prática, argumentando que Guantánamo é uma instalação inadequada e ilegal para a detenção de imigrantes – especialmente tendo em conta os seus laços históricos com detidos militares e suspeitos de terrorismo. No entanto, a administração Trump afirma que tem ampla autoridade para alojar imigrantes que aguardam deportação nas instalações de Guantánamo.
A ACLU e o Departamento de Segurança Interna não comentaram a decisão, deixando dúvidas sobre o próximo passo da administração e as implicações da decisão do juiz Sooknan. O caso está agora a emergir como uma batalha jurídica crucial sobre o tratamento dos imigrantes e o âmbito dos poderes do governo na aplicação da imigração.



